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Super Literário Podcast S05 E21 – Pantera Negra: Wakanda para Sempre

Quase 5 anos depois do nosso primeiro podcast, estamos de volta à Wakanda! Hoje Victor Rogério, Renata Pamplona, Vanessa Vieira e Luka Franca tentam chegar num veredito sobre Pantera Negra: Wakanda para Sempre.

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Super Literário Podcast S05 E20 – Matrix vs Matrix Ressurrection

Quase um ano depois abrimos a caixa preta para analisar o que aconteceu! Hoje Victor Rogério, Vanessa Vieira e Roberta Spindler discutem se Matrix ainda é bom e se Ressurrection faz jus ao legado.

Citado no episódio

Em edição (Amanhã 22/11/2022 incluiremos).

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LitNews

Netflix confirma data de estreia do novo filme de Enola Holmes

Sequência do sucesso de 2020 ganhou um poster estilo “Onde Está o Wally?” e teve sua data de lançamento confirmada.

A Netflix confirmou que a continuação de Enola Holmes está chegando. O filme de 2020, adaptado da série de livros homônima fez bastante sucesso em seu lançamento e garantiu um sequência que chegará em 4 de novembro.

Confiram a sinopse:

Seguindo os passos do irmão, Enola Holmes agora é detetive particular. Em seu primeiro caso oficial, ela é contratada para encontrar uma garota desaparecida. Mas uma perigosa conspiração desperta um mistério que só poderá ser resolvido com a ajuda de amigos — e do famoso Sherlock.

A continuação será novamente estrelada por Millie Bobby Brown e também conta com Henry Cavill como Sherlock Holmes e Helena Bonham Carter como Eudora Holmes. O diretor Harry Bradbeer também está de volta e já confirmou que deseja dar uma visão um pouco diferente de Londres no segundo longa, além de apresentar novos personagens.

No Brasil os livros da série Enola Holmes são publicados pela Editora Verus, que já publicou o primeiro e o segundo.

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Super Literário Podcast S05 E13 – Doramas

Você vai rir, chorar e se emocionar! Hoje Victor Rogério, Carol Lima e Anne Magno fazem suas listas de indicações de doramas!

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Super Literário Podcast S05 E12 – Tudo, Em Todo Lugar ao Mesmo Tempo

Filme do Ano ou da Década? Hoje Victor Rogério, Giu Yukari Murakami e e Renata Pamplona discutem até achar em qual universo de Tudo, em Todo Lugar ao Mesmo Tempo estão.

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LitNews

Amazon Prime confirma produção e elenco da adaptação de Vermelho, Branco e Sangue Azul

Vem mais adaptação por aí! O Amazon prime confirmou a produção de um filme baseado no livro Vermelho, Branco e Sangue azul, romance new adult gay. A rede de streaming confirmou que a adaptação será uma comédia romântica estrelada por Taylor Zakhar Perez (de Barraca do Beijo 2 e 3) como Alex e Nicholas Galitzine (de Cinderela também do Amazon Prime) como o Príncipe Henry.

Na trama, Alex é filho da primeira mulher a se eleger presidente nos EUA e Henry é um dos príncipes sucessores da coroa britânica. Após um incidente em um casamento real, Alex precisa fingir que é amigo de Henry para evitar que o incidente se torne um problema diplomático e prejudique a candidatura a reeleição da mãe. Mas acaba que ambos se tornam bem mais do que amigos.

A produção conta ainda com Ahmed Elhaj, Aneesh Sheth, Rachel Hilson, Ellie Bamber, Sarah Shahi, Clifton Collins Jr, Stephen Fry, Polo Morin e Akshay Khanna. A direção será de Matthew López (diretor da premiada peça The Inheritance). O filme ainda não tem data de estreia, mas a produção começa a ser rodada em junho. O livro é publicado no Brasil pela Seguinte em capa normal por R$34,10, capa dura por R$50,69 ou ebook por R$27,28. Vale lembrar também que o livro é para adultos.

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Super Literário Podcast S05 E06 – The Batman

O Homem Morcego voltou aos cinemas novamente e hoje Victor Rogério, Carol Lima, Andrei Simões e Renan Carvalho discutem o que acharam dessa nova versão!

Citado no Episódio

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Matérias e Artigos

Foi com Deus? Adaptações que os estúdios esqueceram que anunciaram.

Hollywood é uma máquina de reinvenções. Todo mundo está sempre atrás da fórmula do sucesso no cinema e acabamos vivendo várias ondas de produções tentando replicar o que deu certo. A onda de adaptações não foi nada muito diferente disso: ali no idos de 2009 começamos a escutar aqui e ali anúncios de que livros estariam chegando as telas de cinema com estúdios apostando alto que conseguiriam repetir sucessos como Crepúsculo e Harry Potter. Bem… rsrsrsrs… dá pra dizer que muita coisa deu certo. Jogos Vorazes talvez seja o maior exemplo de sucesso sobre os livros ganhando as telas. Mas pra cada Katniss Everdeen enchendo o bolso dos estúdios, existiram mais outros 20 ou 30 projetos que fracassaram pelo meio do caminho (quem lembra daquela desgraça chamada Eragon ou da bizarrice de Eu Sou o Número 4?)

Acaba que depois de tanto tempo várias produções ficaram pelo caminho. Até grandes sucessos de público no mundo literário chegaram a ter seus direitos comprados e o estúdio aparentemente esqueceu que anunciou o projeto. Vamos então relembrar 7 livros que foram anunciados para o cinema, mas até hoje não vimos nem a cor do poster…

1 – Nas Montanhas da Loucura com Guilhermo Del Toro

Talvez a adaptação mais antiga dessa lista. Projeto do Guilhermo Del Toro (que já é conhecido por trazer tramas bem diferentes para as telas), a adaptação de um dos contos mais famosos de Lovecraft já teve diversas reviravoltas. Del Toro fala que está há mais de 25 anos tentando viabilizar a produção que quase saiu pela Universal em 2011, estrelada por ninguém menos que Tom Cruise. Em 2012, o diretor conseguiu negociar com a Fox para o início da produção, mas revelou posteriormente que o roteiro do filme era parecido demais com um outro filme de terror que acabou sendo um fracasso de bilheteria: Prometheus. O estúdio preferiu dar carta branca para Ridley Scott produzir seu longa e, na época, Del Toro acabou dando foco para Pacific Rim.

Ano passado Del Toro revelou que ainda deseja desenvolver o projeto e tem esperança de conseguir um contrato com a Netflix, mas por enquanto o filme segue sem estúdio.

2 – A Seleção

Sucesso absoluto nos idos de 2013, a série A Seleção trazia um futuro distópico onde os EUA viraram Ilea, um reino absolutista, separado por castas, onde a esposa do próximo rei é escolhida num reality show com 35 participantes chamado A Seleção. A trilogia que é muito mais um romance que uma distopia em si trouxe uma grande comoção na época do lançamento e ainda garantiu mais duas continuações que se passam anos após o terceiro livro.

A série foi concluída em 2016 com A Coroa, e desde essa época se ventilavam boatos sobre uma possível adaptação, mas foi só em 2020 que a Netflix anunciou que desenvolveria uma série adaptando a trama. Entretanto desde então não houveram mais novidades. Em dezembro do ano passado um produtor revelou que a Netflix ainda não deu sinal verde para a pré-produção, desenvolvimento de roteiro e escolha de atores, apesar de ter comprado os direitos. Ele também pedia ao público e fãs da série que pressionassem o serviço de streaming. Bem… estamos em março e nem sinal de notícias da série. Não parece ter dado muito certo.

3 – A Série Divergente: Ascendente

Talvez o caso mais bizarro dessa lista: uma série que foi gravada e ficou sem final. Divergente foi um sucesso absurdo, tanto do livro, lançado em 2011, quando do filme que chegou as telas em 2014. Pegando uma rebarba de sucesso de Jogos Vorazes que na época estava chegando no fim (A Esperança Parte 2 estreou em 2015) a trama projetou para o estrelato Shailene Woodley que dividia o protagonismo com Theo James. O elenco também contava com Miles Teller, Ansel Elgort e Kate Winslet. O primeiro filme se pagou quase 4 vezes. Receita para o sucesso? Bem… não foi bem assim.

O segundo filme, Insurgente, também foi um sucesso, mas já mais modesto. Custou mais, a bilheteria não foi tão maior assim e a crítica não gostou. Os fãs do livro criticaram bastante as mudanças da trama. E aí veio o terceiro filme. Seguindo a ideia de outras franquias como Harry Potter, Crepúsculo e o próprio Jogos Vorazes, a Lionsgate decidiu dividir o último livro em dois filmes que seriam lançados com um ano de distancia entre eles: Convergente e Ascendente.

Convergente (livro 3 da série) seria divido em dois filmes: Convergente e Ascendente

Convergente até chegou a sair em 2016 como previsto, mas o desenvolvimento foi tenebroso. Inúmeras brigas nos sets, divergências criativas e atores já sem vontade de atuar. O resultado foi um 11% no Rotten Tomatoes. O filme foi um desastre de bilheteria e crítica: tosco, sem ritmo, trama sem pé nem cabeça. De repente o último filme virou uma dúvida. Primeiro viraria um filme de TV, com a desculpa que seria a ponte para o lançamento de um série no mesmo universo com novos personagens. Depois o filme não teria mais os dois principais atores, que alegaram ter contrato para um filme de cinema e não de TV. Logo em seguida, o diretor saiu e a vindoura série foi cancelada. Hoje a Lionsgate só espera que você esqueça que o quarto filme um dia foi anunciado e se satisfaça com a série sem final.

4 – Americanah

Americanah é um desses projetos dá um pena absurda ter ido parar no limbo. O livro é da Chimamanda Ngozi Adichie, o projeto seria roteirizado pela Danai Gurira e estrelado pela Lupita Nyong’o. A história gira em torno de Ifemelu (que seria a Lupita) e Obinze. Ambos são nigerianos e a guerra civil instaurada no país acaba por separa-los. Ifemelu acaba viajando para os EUA onde conhecerá a realidade do racismo americano; e Obinze acaba se perdendo numa Londres em caos logo após os ataques terroristas do 11 de setembro.

Inicialmente seria um filme original do HBO Max e depois o projeto foi transformado numa mini série em 10 episódios. Mas com a pandemia do coronavirus o projeto precisou ser adiado, tanto Lupita, quanto Danai ficaram sem espaço no agenda para a produção e acabaram saindo. O projeto teria sido cancelado, desde então, mas nunca houve confirmação oficial.

5 – Hush Hush (Sussurro)

Mais um romance. Hush Hush ou Sussurro (como ficou conhecida no Brasil) ficou conhecido como “Crepúsculo com anjos”. Claro que o livro é mais que isso, mas a trama de Becca Pitzpatrick tem lá suas semelhanças com os vampiros de Stephenie Meyer. Uma protagonista indefesa, um protagonista metido a bad boy que está dividido entre amá-la e destruí-la. Já ouviu falar de algo assim? O primeiro livro, lançado em 2009 foi um sucesso estrondoso: vendeu mais de 100 milhões de cópias. Um adaptação era questão de tempo…

… Ou não. Um filme de fato acabou sendo anunciado em 2012, após a compra dos direitos pela LD Entertainment (cujo filme mais famoso é o Jackie de 2016 onde Natalie Portman foi indicada a melhor atriz no Oscar). A produção ficou no limbo por dois anos até que a autora anunciou em seu facebook que não havia renovado o contrato com a produtora. Em 2018 a autora anunciou novamente que havia negociado os direitos da série para produção de um filme pela BCDF Pictures (que a produção mais recente é a adaptação O Jogo do Amor/Ódio) e teria direção de Kellie Cyrus que já havia trabalhado em The Vampire Diaries. Chegaram até a anunciar os atores Liana Liberato e Wolfgang Novogratz como o protagonistas da trama.

Parecia de fato que tudo estava encaminhado, mas se passaram mais 3 anos sem novidades. Em julho de 2021 o portal Business Wire anunciou que o filme agora ganhara uma nova casa: o Paramount +. Além disso, as gravações começariam no final do ano. Novamente: estamos em março de 2022 e não se sabe nem os atores, nem a direção, nem sobre as gravações terem sido iniciadas. Se você está esperando o filme Hush, Hush, talvez demore mais um pouco.

6 – Wild Seed (Semente originária)

Mais um projetão que nunca mais se ouviu falar. Wild Seed é uma série de livros de fantasia/ficção científica de autoria de Octavia Butler (a mesma de Kindred – por favor leiam esse livro, é maravilhoso). Trata-se de uma história de idas e vindas com amor e ódio entre duas entidades africanas imortais que viajam ao longo das eras, desde a África Colonial até anos no futuro. A série seria do Amazon Prime e teria ninguém menos que Viola Davis na produção. Nnedi Okarafor (autora de Bruxa Akata) seria a roteirista e Wanuri Kahiu (diretora queniana) dirigiria o piloto.

Maaaaas o projeto foi anunciado em 2019 e nunca mais se ouviu falar. Sério… zero novidades…

7 – Série Delírio

MEU DEUS, QUE ÓDIO: mais um caso bizarríssimo das adaptações. Delírio é mais um romance disfarçado de distopia: num Estados Unidos futurista, todo os sentimentos são proibidos em especial o amor. Livros foram censurados e reescritos, músicas são controladas e todas as pessoas passam por um procedimento especial para curar qualquer sentimento assim que completam 18 anos. Nesse universo conhecemos Lena, uma adolescente que mora com os tios, pois seu pai morreu quando ela era bebê e sua mãe se suicidou por ter a doença do amor. Quando ela estava prestes a receber a cura, ela acaba se apaixonando e, por causa disso, vai descobrir que aquele aparente mundo ordeiro não é bem o que ela pensava.

O primeiro livro da série é de 2011 e teve seus direitos adquiridos em 2013 pela Fox que iria desenvolver uma série e até um piloto de 52 minutos chegou a ser produzido, protagonizado por Emma Roberts no papel de Lena. A produção, porém, não foi leva a frente, o piloto não agradou. No ano seguinte o piloto foi disponibilizado no Hulu com o anúncio de que a série seria produzida direto no streaming.

Nunca mais se ouviu falar sobre… Mas, calma, ainda piora. A trilogia de livros foi concluída por Lauren Oliver em 2013 com Réquiem. Só que Réquiem é um livro complicadíssimo, basicamente não conclui a trama. Não existe um final da história de fato. O último capítulo deixa tudo completamente em aberto, com todos os protagonistas e vilões vivos, o triângulo amoroso não se resolve, não se sabe que a sociedade permaneceu daquele jeito pra sempre ou se a resistência venceu… A história seria concluída na série de TV que nunca saiu, meio numa ideia de projeto multimídia. A autora inclusive nunca mais se pronunciou sobre a série e já publicou diversos outros livros depois, não dando sinal de que voltará a escrever a distopia. Lauren até implacou uma outra adaptação em 2017, o drama Antes que eu vá.

E aí? Estão aguardando alguma dessas adaptações?

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Resenha: The Batman

Talvez a franquia mais antiga de super heróis, começada lá em 89 (isso se contarmos apenas os cinemas, pois Adam West já brilhava na TV muito antes disso) com o longa de Tim Burton, o Homem Morcego volta mais uma vez aos cinemas prometendo algo novo. Mas como exatamente uma franquia de mais de 30 anos sobre um herói que já existe a mais de 80 poderia se renovar? Matt Reeves responde a altura com The Batman.

Não há como negar que o Batman já passou pelas mãos mais variadas no cinema ao longo de todos esses anos. Começado numa origem até bem gótica, mas um tanto caricata; passando pela versão totalmente colorida e galhofeira; por um herói mais realista; uma tentativa de reproduzir o tanque de guerra humano dos vídeo games para as telas de cinema; e até por numa versão Lego. O que exatamente ainda faltava vermos? Sim, pessoal, faltava voltarmos às origens do herói e vermos um detetive.

O filme e o roteiro não tentam fingir que essa não é uma história de super heróis, mas Matt Reeves traz uma direção com uma boa pegada de neo noir. Não estranhe se você sentir semelhanças com filmes como Seven ou Zodíaco (clássicos de investigação) porque parece que a ideia era essa mesma. A dinâmica Batman, Gordon e Charada traz muitas semelhanças com David Mills, William Somerset e John Doe.

O Homem Morcego de Robert Pattinson (de O Farol) aqui é apresentado com um vigilante ainda iniciante. No ano 2 de sua jornada, Bruce Wayne ainda é totalmente atormentado pela morte dos pais e, de dia, segue uma vida reclusa. Com poucas aparições públicas e zero importância a fortuna e legado de sua família, Bruce está obcecado por sua jornada como uma sombra da noite que traz medo ao crime. E, mesmo assim, em sua fala inicial, ele admite que não está funcionado, com a criminalidade e a corrupção imperando cada vez mais em Gotham.

Jeffrey Wright (de Westworld e 007 – Sem tempo para morrer) apresenta Gordon como um policial já mais experiente, mas ainda não comissário. Ele é quem concede acesso ao Batman a cenas de crimes (a despeitos dos outros policiais que não confiam no homem morcego) e, aparentemente, é dele a ideia do bat sinal (que nessa versão não fica na delegacia, mas sim num prédio abandonado. A dinâmica de trabalho dos dois funcionou muito bem como um filme de investigação clássico da dupla composta por um veterano e um novato (ares meio Máquina Mortífera). Em alguns momentos eles agem inclusive como good cop e bad cop.

E finalmente chegamos ao Charada de Paul Dano (de 12 anos de Escravidão e Os Suspeitos). Não vemos nele nada muito surtado no estilo da contraparte interpretada por Jim Carrey em Batman Eternamente. Até a cor verde, muito ligada ao personagem, é praticamente esquecida aqui. Na essência, o personagem soou muito como um incel sociopata (redundância?). Seu assassinatos são bem planejados, ligados todos por charadas endereçadas principalmente ao Batman (aliás parabéns à galera da tradução que conseguiu localizar as charadas para o português) levando você a duvidar exatamente sobre a intenções do vilão em vários momentos. Ele parece ser um mestre dos segredos e ter controle de tudo, mas em algumas vezes perde completamente o controle, coisa que faz você sentir que os protagonistas estão realmente em perigo.

O elenco de suporte não fica para trás. Podemos destacar principalmente Zoe Kravitz (Selina Kyle/Mulher Gato), Colin Farell (Pinguim), John Turturro (Camine Falconi) e Andi Serkis (Alfred). Todos com ótimas atuações e cada um deles com sua trama bem desenvolvida. Se tem algo que The Batman conseguiu fazer foi apresentar bem todos os personagens, manter a linha de pensamento do roteiro e não ficar chato. Destaque, aliás, para a química do Batman com a Mulher Gato. Zoe e Robert entregaram algumas das cenas mais perfeitas já feitas com a dupla.

A trama tem grande foco nesses sete personagens principalmente entrelaçando a corrupção de Gothan (que remonta aos tempos da infância de Bruce e à morte de seus pais) com os mistérios e assassinatos do Charada. O fio de investigação comanda o roteiro e através dele somos levados a várias reviravoltas surpreendentes e ótimas cenas de ação (a apresentação do bat móvel é simplesmente perfeita). Fora isso, Matt Reeves conseguiu também atualizar a trama de um super herói de 80 anos discutindo diversas problemáticas sociais como concentração de renda, radicalização, liberação de armas e como o próprio Batman é parte do problema de Gotham. Tudo isso num filme de quase 3 horas, que garantimos, não fica repetitivo.

É preciso também destacar a parte técnica da produção. Finalmente temos um filme do Batman que, apesar de usar a escuridão em sua fotografia, é possível enxergar durante as cenas. A escuridão serve ao roteiro e não está lá apenas para disfarçar efeitos visuais ruins (como tem acontecido bastante nos últimos filmes de heróis). Muito da ação foi produzido com efeitos práticos, então as explosões são bem reais. A trilha sonora do Michael Giacchino (que também esteve em, veja só, Homem Aranha: Sem Volta para Casa) é épica. Boa parte da emoção vem através dela.

No geral é um filme que surpreende por conseguir renovar um herói que já foi representado por 6 atores diferentes trazendo algo novo de onde parecia não ser possível inovar (vide os filmes do Ben Affleck). Se você puder, assista num cinema ou no lugar em que for possível ouvir o som da melhor forma possível. Vale muito a pena.

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Super Literário Podcast S04 E14 – Filmes de Super Heróis: Anos 2000

E voltamos para mais uma bateria de tosqueiras. Hoje Victor Rogério, Carol Lima e Roberta Spindler comentam os filmes de super heróis da década de 2000.

Episódios anteriores:

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