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Cavaleiro dos Sete Reinos: Warner anuncia novo derivado de Game of Thrones para HBO Max

Sucesso de House of Dragon no streaming levou a confirmação de novos projetos no universo de Game of Thrones.

Em evento especial para investidores a Warner confirmou a união dos serviços HBO Max e Discovery + no streaming único Max. Na ocasião, também foram confirmadas várias novas produções exclusivas, entre ela a adaptação de Cavaleiro dos Sete Reinos, contos de George R. R. Martin.

A história se passa 90 anos antes dos eventos de Game Of Thrones, quando os Targaryen ainda estão com a coroa, mas já muito enfraquecidos e acompanha o jovem cavaleiro Sor Duncan e seu escudeiro Egg. The Hedge Knight (1998) é um dos três contos publicados por Martin focados na dupla. Foram seguidos por The Sworn Sword em 2003 e The Mistery Knight em 2010. A coletânea completa foi lançada no Brasil pela Suma.

George Martin retorna como roteirista e produtor executivo ao lado de Ira Parker, Vince Gerardis e Ryan Condal. Ainda não há elenco confirmado, nem data de estreia.

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Ninguém pediu, mas a Warner vai rebootar Harry Potter em uma série de 7 temporadas para o HBO Max

Universo Mágico está em baixa desde o lançamento de Animais Fantásticos: Os Segredos de Dumbledore e reboot é a aposta da Warner para rivalizar com a série de Percy Jackson.

Em evento especial para investidores a Warner confirmou a união dos serviços HBO Max e Discovery + no streaming único Max. Na ocasião, também foram confirmadas várias novas produções exclusivas, entre elas, o reboot em série da saga Harry Potter.

A série terá 7 temporadas e cada uma delas adaptará um livro. Não há ainda nenhuma confirmação sobre elenco nem datas, mas foi sugerido que a estreia ocorra em 2024. A intenção é renovar a franquia do Wizarding World, em baixa desde o terceiro filme da série Animais Fantásticos, que deu prejuízo na bilheterias, deixando o quarto filme num limbo de produção.

Apesar de todas as polêmicas do envolvimento da autora J. K. Rowling com apoio a grupos transfóbicos e homofóbicos, ela foi confirmada como produtora executiva ao lado de Neil Blair e Ruth Kenley-Lett. Perguntado sobre o assunto, Casey Bloys, CEO de conteúdo do Max, apenas desviou do tema e afirmou ser um assunto “cheio de nuances, difícil, e não é nada com que vamos nos aprofundar”.

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[Maratona Oscar] – Resenha – Elvis

Biografias de músicos e bandas estão na moda em Hollywood. Depois de Bohemian Rhapsody e Rocketman, a próxima aposta foi a polêmica vida de Elvis Presley, no longa dirigido por Baz Luhrmann (de Moulin Rouge e O Grande Gatsby).

Elvis não tinha exatamente uma dificuldade muito grande na sua produção. A história real é boa e as músicas também. O conjunto da obra chegou ao Oscar, mas valeu?

Hollywood tem uma dificuldade muito grande em retratar figuras polêmicas. As recentes biografias de Freddie Mercury e Elton John mostram como sempre existe uma tendência a alterar fatos reais para tornar a história mais palatável e chapa branca ao público. Elvis não foi muito diferente. O personagem Elvis Presley sem dúvidas é um marco na história da música com boas histórias e ótimas músicas, mas o filme derrapa um pouco em abordar isso, evitando ao máximo a parte mais polêmica da vida do cantor.

O roteiro de Elvis sofre pela necessidade de fazer do filme um drama pessimista. À despeito de Elton John, que também teve uma vida de altos e baixos, mas Rocketman acaba sendo uma produção bem positiva e animada, a biografia de Elvis peca pelo pessimismo, abordando praticamente só o pior da vida do cantor.

O Tom piora ainda mais por ter o roteiro inteiro contado pela controversa figura de Tom Parker, que foi a vida inteira empresário do cantor e que através de contratos viciados conseguiu fazer da vida de Elvis um inferno. Tom Parker, sem dúvidas é o vilão da história e o roteiro deixa isso claro, mas é um pouco desconfortável ouvir toda a trama com a narração em off dele (aqui maravilhosamente bem interpretada por Tom Hanks). Não é o tipo de situação que você como espectador sentiria vontade de ouvir o vilão se explicando.

Ainda assim há alguns ótimos pontos na produção: a trilha sonora obviamente embalada pelos grandes sucessos de Elvis é impecável. Talvez até peque um pouco por não utilizar mais as músicas, masa aliada à voz de Austin Butler, o score ficou realmente espetacular. O próprio Austin é um ponto alto: sua interpretação, trejeitos e estilo ficaram perfeitos. A cena final que retrata o último show de Elvis em Las Vegas é impecável. Assistindo a comparação entre o filme e os registros é difícil até diferenciar qual de fato é o real.

No final a sensação é de que uma boa história foi contada, mas pelo ponto de vista da pior pessoa possível envolvida. Nos Oscar talvez valha uma estatueta para Austin Butler, mas Melhor Filme já é demais.

Elvis está disponível no HBO Max e nas plataformas de aluguel de filmes. O longa foi indicado a 8 Óscars incluindo Melhor Filme e Melhor Ator.

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Super Literário Podcast S05 E20 – Matrix vs Matrix Ressurrection

Quase um ano depois abrimos a caixa preta para analisar o que aconteceu! Hoje Victor Rogério, Vanessa Vieira e Roberta Spindler discutem se Matrix ainda é bom e se Ressurrection faz jus ao legado.

Citado no episódio

Em edição (Amanhã 22/11/2022 incluiremos).

Para dúvidas, sugestões, opiniões sobre o episódio, críticas e ideias para pautas enviem emails para revistasuperliterario@gmail.com ou envie seus comentários nas nossas redes sociais.

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House of Dragon é renovada para segunda temporada.

Spin-off de Game of Thrones fez tanto sucesso na estreia que já garantiu uma segundo ano.

House of Dragon estreou em 21 de agosto e a premiere já chegou quebrando recordes: foi a maior estreia da história do HBO Max. O sucesso foi tanto que a HBO já confirmou antecipadamente que a história da família Targaryen tem seu segundo ano garantido.

O sucesso aparentemente deve se manter pois o segundo episódio acabou superando a audiência do primeiro. O segundo ano da série ainda não tem mais detalhes confirmados, mas deve chegar em 2023.

House of Dragon é uma adaptação de Fogo e Sangue, livro prelúdio das Crônicas de Gelo e Fogo, escritas por George R. R. Martin. Novos episódios são exibidos na HBO e liberados no HBO Max todo domingo as 21hs.

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Resenha – Animais Fantásticos: Os Segredos de Dumbledore (com spoilers)

Harry Potter (ou o Wizarding World como a Warner tenta chamar e o público não compra) talvez seja uma dessas franquias incanceláveis. No momento ainda é difícil precisar se é possível um filme, produção ou livro que se passe nesse universo flope e dê um prejuízo real arrecadando menos do que o que custou originalmente. Mas dá pra afirmar com toda a convicção que se ainda não temos essa certeza não é por falta de tentativas tanto da Warner, quando da autora J. K. Rowling de trazer obras completamente medíocres.

O universo Harry Potter nunca foi a obra mais coesa do mundo. O método de desenvolvimento de roteiro de J.K e a técnica de fazer a trama só surgir quando o protagonista da história olha para ela depõe em muito contra a coesão. A questão é que, enquanto nos ativermos apenas aos 7 livros originais isso nunca será um problema. O problema mesmo começa a partir do momento em que a autora passou a abusar dos retcons (continuidade retroativa que é quando o autor altera fatos que já era estabelecidos na trama) e fica bem claro que isso começou quando ela resolveu apelar para um queerbating afirmando que Dumbledore sempre foi um personagem gay. O abuso dos retcons está totalmente entrelaçado a como Animais Fantásticos: Os Segredos de Dumbledore e todos o Wizarding World se tornou um desastre.

Mas vamos por partes. Vale primeiro lembrar que no longa anterior, Os Crimes de Grindelwald, o vilão que dá nome a película começou a mostrar suas garras armando um grande espetáculo para seus seguidores em Paris, seguido de um grande ataque a cidade. Revela-se no final, também, que Dumbledore e Grindelwald não podem lutar entre si devido a um pacto de sague que fizeram há muito tempo, além da sub trama do Credence (personagem de Ezra Miller) que é revelado como um irmão perdido do professor de Hogwarts.

Os Segredos de Dumbledore começa basicamente desse ponto e tenta guiar o espectador a entender a trama em três cenas:

1 – Dumbledore e Grindelwald tem em um diálogo que tem como objetivo principal explicar exatamente as regras do pacto de sangue e deixar bem claro que Dumbledore já foi muito apaixonado pelo vilão.

2 – Somos apresentados ao animal fantástico da vez, o Qilin: uma espécie de animal quadrúpede que mais a frente é explicado, tem o poder de enxergar a pureza na alma das pessoas e só faz uma reverência àqueles que são realmente puros. Newt está ajudando uma Qilin a dar luz quando é atacado por Creedence, que mata a mãe e leva o filhote com ele. Entretanto, nasce ainda um segundo filhote e esse permanece sob os cuidados de Newt.

3 – Reúne-se e apresenta-se a equipe Dumbledore, que durante o segundo ato do filme, terá a missão de tentar frustrar os planos de Grindelwald de participar da eleição para o cargo de Chefe Supremo da Confederação Internacional dos Bruxos. Dumbledore separou um presente para cada um deles e, tal qual uma trama de assalto, cada um desses itens ganha importante em dado momento.

Por causa dessas três cenas acaba ficando claro que Animais Fantásticos: Os Segredos de Dumbledore é aquele filme em que a roteirista tinha bem claro em sua mente como se iniciaria e terminaria, mas não fazia a menor ideia do que deveria acontecer no meio. As cenas 1 e 2 são basicamente o cerne do filme, mas o que se desenvolve ao longo da primeira hora são as consequências da reunião da equipe de Dumbledore. Só que, quando essa parte da trama se conclui, todos os itens apresentados são utilizados e o plano não dá certo, se esquece completamente que esse segundo ato existiu. Há 40 minutos de história que não fazem diferença nenhuma para o final e se fossem sumariamente cortados não fariam falta.

No meio disso, ainda sem arruma tempo para o desenvolvimento da trama de Credence. J. K. Rowling inova e apresenta agora o retcon do retcon. Apresentá-lo em Crimes de Grindelwald como um irmão perdido de Dumbledore já era um grande furo dentro de todo o universo Harry Potter. Em Os Segredos de Dumbledore, o papel de Credence é novamente reiventado: num diálogo digno da revelação do passado de Rey em Episódio 9, falando quase um “veja bem, é isso, mas não é exatamente isso”, Dumbledore revela a Newt que Credence na verdade é um filho perdido de Aberfoth (seu irmão), que nasceu quando eles ainda eram alunos de Hogwarts. E isso ocorre meia hora depois de ter entrado em um combate completamente sem sentido contra o sobrinho no meio da cidade. Credence, aliás não tem exatamente um papel na trama: ele fica para lá e para cá em missões determinadas por Grindelwald e está lá para fazer o filme ter cenas de ação e magia (que aliás são bem poucas).

No terço final do filme, quando os personagens entendem que nada deu certo e que tudo feito até aquele momento fora completamente inútil, todos se reúnem para a grande cena final no cenário localizado no Butão, cenas essas que originalmente seriam no Brasil. As eleições para o cargo de Chefe Suprema da Confederação Internacional dos Bruxos ocorrerão nesse cenário mágico e finalmente lembramos do Qilin apresentado no início da trama. O grande plano de Grindelwald é criar uma versão zumbi controlável do Qilin sequestrado para forçá-lo a fazer uma reverência a ele, fazendo parecer que o animal o escolhera como uma pessoa pura e, consequentemente, perfeita para ser Chefe Supremo da Magia. O novo plano da equipe Dumbledore é usar o outro Qilin que Newt salvou para tentar impedir isso.

Animais Fantásticos: Os Segredos de Dumbledore claramente poderia ter girado apenas em torno deste terceiro ato e ignorado todas as outras tramas, que no final acabaram não fazendo diferença nenhuma. Se dá para criticar algo nesse filme, sem dúvidas é o roteiro, mais perdido do que nunca.

As crítica não param por aí não: se o roteiro não tem pé nem cabeça, a direção de David Yates está no mesmo patamar. O filme apresenta talvez as piores cenas de ação já feitas em toda a série. Além de serem poucas, completamente sem peso para demonstrar que dois bruxos estão se enfrentando até a morte.

A produção por trás dos atores também foi péssima. Importante citar aqui que tanto Katherine Waterston, quanto Claudia Kim (respectivamente Tina Goldstein e Nagini) que tiveram papeis importantes no filme anterior e foram totalmente esquecidas. Katherine criticou publicamente falas da J. K. Rowling e acabou sendo relegada a aparecer no último minuto do filme. Claudia Kim nem isso, nem se sabe que fim levou o personagem. Houve também uma grande destaque a participação de Maria Fernanda Cândido como Vicência Santos que é a candidata que faz frente a Grindelwald nas eleições do Conselho Bruxo. Mas a atriz tem uma única fala no meio do filme e participa do terceiro ato sem abrir a boca uma única vez. Ela é candidata a eleição mais importante do mundo bruxo, mas não deram a ela nem o direito a um discurso.

Únicas coisas que são possíveis de elogiar são as atuações de Jude Law e Mads Mikkelsen. Jude já havia mostrado no filme anterior que conseguia carregar o papel de Dumbledore sem grandes problemas. Mads substitui muito bem Johnny Depp apresentando um Grindelwald mais frio e calculista e sem grandes overactings (coisa que deixou a versão de Depp extremamente caricata no filme anterior).

No final o saldo é totalmente negativo. O filme é arrastado, não tem um foco sobre o que deseja contar acabando por se apresentar como uma colcha de retalhos ainda pior que o longa anterior.

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HBO confirma estreia de House of Dragon (derivado de Game of Thrones) para 21/08

House of Dragon (próximo capítulo do universo de Game of Thrones já tem data para estrear. A HBO confirmou em todas as redes que a premiere ocorrerá em 21/08. A trama da série se situa 200 anos dos eventos da primeira temporada de Game of Thrones e terá foco nos Targaryen e, principalmente, muitos dragões).

O elenco da derivada terá Matt Smith (de Morbius e Doctor Who), Olivia Cooke (de Jogador Nº 1 e O Som do Silêncio), Paddy Considine (The Outsider e Chumbo Grosso), Rhys Ifans (De King’s Man: a Origem e O Espetacular Homem-Aranha), Steve Touissant (de Príncipe da Pérsia e Smal Axe: Red, White and Blue), Sonoya Mizuno (de Podres de Ricos e Devs) e Graham McTavish (de Preacher e The Witcher).

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Matérias e Artigos

Foi com Deus? Adaptações que os estúdios esqueceram que anunciaram.

Hollywood é uma máquina de reinvenções. Todo mundo está sempre atrás da fórmula do sucesso no cinema e acabamos vivendo várias ondas de produções tentando replicar o que deu certo. A onda de adaptações não foi nada muito diferente disso: ali no idos de 2009 começamos a escutar aqui e ali anúncios de que livros estariam chegando as telas de cinema com estúdios apostando alto que conseguiriam repetir sucessos como Crepúsculo e Harry Potter. Bem… rsrsrsrs… dá pra dizer que muita coisa deu certo. Jogos Vorazes talvez seja o maior exemplo de sucesso sobre os livros ganhando as telas. Mas pra cada Katniss Everdeen enchendo o bolso dos estúdios, existiram mais outros 20 ou 30 projetos que fracassaram pelo meio do caminho (quem lembra daquela desgraça chamada Eragon ou da bizarrice de Eu Sou o Número 4?)

Acaba que depois de tanto tempo várias produções ficaram pelo caminho. Até grandes sucessos de público no mundo literário chegaram a ter seus direitos comprados e o estúdio aparentemente esqueceu que anunciou o projeto. Vamos então relembrar 7 livros que foram anunciados para o cinema, mas até hoje não vimos nem a cor do poster…

1 – Nas Montanhas da Loucura com Guilhermo Del Toro

Talvez a adaptação mais antiga dessa lista. Projeto do Guilhermo Del Toro (que já é conhecido por trazer tramas bem diferentes para as telas), a adaptação de um dos contos mais famosos de Lovecraft já teve diversas reviravoltas. Del Toro fala que está há mais de 25 anos tentando viabilizar a produção que quase saiu pela Universal em 2011, estrelada por ninguém menos que Tom Cruise. Em 2012, o diretor conseguiu negociar com a Fox para o início da produção, mas revelou posteriormente que o roteiro do filme era parecido demais com um outro filme de terror que acabou sendo um fracasso de bilheteria: Prometheus. O estúdio preferiu dar carta branca para Ridley Scott produzir seu longa e, na época, Del Toro acabou dando foco para Pacific Rim.

Ano passado Del Toro revelou que ainda deseja desenvolver o projeto e tem esperança de conseguir um contrato com a Netflix, mas por enquanto o filme segue sem estúdio.

2 – A Seleção

Sucesso absoluto nos idos de 2013, a série A Seleção trazia um futuro distópico onde os EUA viraram Ilea, um reino absolutista, separado por castas, onde a esposa do próximo rei é escolhida num reality show com 35 participantes chamado A Seleção. A trilogia que é muito mais um romance que uma distopia em si trouxe uma grande comoção na época do lançamento e ainda garantiu mais duas continuações que se passam anos após o terceiro livro.

A série foi concluída em 2016 com A Coroa, e desde essa época se ventilavam boatos sobre uma possível adaptação, mas foi só em 2020 que a Netflix anunciou que desenvolveria uma série adaptando a trama. Entretanto desde então não houveram mais novidades. Em dezembro do ano passado um produtor revelou que a Netflix ainda não deu sinal verde para a pré-produção, desenvolvimento de roteiro e escolha de atores, apesar de ter comprado os direitos. Ele também pedia ao público e fãs da série que pressionassem o serviço de streaming. Bem… estamos em março e nem sinal de notícias da série. Não parece ter dado muito certo.

3 – A Série Divergente: Ascendente

Talvez o caso mais bizarro dessa lista: uma série que foi gravada e ficou sem final. Divergente foi um sucesso absurdo, tanto do livro, lançado em 2011, quando do filme que chegou as telas em 2014. Pegando uma rebarba de sucesso de Jogos Vorazes que na época estava chegando no fim (A Esperança Parte 2 estreou em 2015) a trama projetou para o estrelato Shailene Woodley que dividia o protagonismo com Theo James. O elenco também contava com Miles Teller, Ansel Elgort e Kate Winslet. O primeiro filme se pagou quase 4 vezes. Receita para o sucesso? Bem… não foi bem assim.

O segundo filme, Insurgente, também foi um sucesso, mas já mais modesto. Custou mais, a bilheteria não foi tão maior assim e a crítica não gostou. Os fãs do livro criticaram bastante as mudanças da trama. E aí veio o terceiro filme. Seguindo a ideia de outras franquias como Harry Potter, Crepúsculo e o próprio Jogos Vorazes, a Lionsgate decidiu dividir o último livro em dois filmes que seriam lançados com um ano de distancia entre eles: Convergente e Ascendente.

Convergente (livro 3 da série) seria divido em dois filmes: Convergente e Ascendente

Convergente até chegou a sair em 2016 como previsto, mas o desenvolvimento foi tenebroso. Inúmeras brigas nos sets, divergências criativas e atores já sem vontade de atuar. O resultado foi um 11% no Rotten Tomatoes. O filme foi um desastre de bilheteria e crítica: tosco, sem ritmo, trama sem pé nem cabeça. De repente o último filme virou uma dúvida. Primeiro viraria um filme de TV, com a desculpa que seria a ponte para o lançamento de um série no mesmo universo com novos personagens. Depois o filme não teria mais os dois principais atores, que alegaram ter contrato para um filme de cinema e não de TV. Logo em seguida, o diretor saiu e a vindoura série foi cancelada. Hoje a Lionsgate só espera que você esqueça que o quarto filme um dia foi anunciado e se satisfaça com a série sem final.

4 – Americanah

Americanah é um desses projetos dá um pena absurda ter ido parar no limbo. O livro é da Chimamanda Ngozi Adichie, o projeto seria roteirizado pela Danai Gurira e estrelado pela Lupita Nyong’o. A história gira em torno de Ifemelu (que seria a Lupita) e Obinze. Ambos são nigerianos e a guerra civil instaurada no país acaba por separa-los. Ifemelu acaba viajando para os EUA onde conhecerá a realidade do racismo americano; e Obinze acaba se perdendo numa Londres em caos logo após os ataques terroristas do 11 de setembro.

Inicialmente seria um filme original do HBO Max e depois o projeto foi transformado numa mini série em 10 episódios. Mas com a pandemia do coronavirus o projeto precisou ser adiado, tanto Lupita, quanto Danai ficaram sem espaço no agenda para a produção e acabaram saindo. O projeto teria sido cancelado, desde então, mas nunca houve confirmação oficial.

5 – Hush Hush (Sussurro)

Mais um romance. Hush Hush ou Sussurro (como ficou conhecida no Brasil) ficou conhecido como “Crepúsculo com anjos”. Claro que o livro é mais que isso, mas a trama de Becca Pitzpatrick tem lá suas semelhanças com os vampiros de Stephenie Meyer. Uma protagonista indefesa, um protagonista metido a bad boy que está dividido entre amá-la e destruí-la. Já ouviu falar de algo assim? O primeiro livro, lançado em 2009 foi um sucesso estrondoso: vendeu mais de 100 milhões de cópias. Um adaptação era questão de tempo…

… Ou não. Um filme de fato acabou sendo anunciado em 2012, após a compra dos direitos pela LD Entertainment (cujo filme mais famoso é o Jackie de 2016 onde Natalie Portman foi indicada a melhor atriz no Oscar). A produção ficou no limbo por dois anos até que a autora anunciou em seu facebook que não havia renovado o contrato com a produtora. Em 2018 a autora anunciou novamente que havia negociado os direitos da série para produção de um filme pela BCDF Pictures (que a produção mais recente é a adaptação O Jogo do Amor/Ódio) e teria direção de Kellie Cyrus que já havia trabalhado em The Vampire Diaries. Chegaram até a anunciar os atores Liana Liberato e Wolfgang Novogratz como o protagonistas da trama.

Parecia de fato que tudo estava encaminhado, mas se passaram mais 3 anos sem novidades. Em julho de 2021 o portal Business Wire anunciou que o filme agora ganhara uma nova casa: o Paramount +. Além disso, as gravações começariam no final do ano. Novamente: estamos em março de 2022 e não se sabe nem os atores, nem a direção, nem sobre as gravações terem sido iniciadas. Se você está esperando o filme Hush, Hush, talvez demore mais um pouco.

6 – Wild Seed (Semente originária)

Mais um projetão que nunca mais se ouviu falar. Wild Seed é uma série de livros de fantasia/ficção científica de autoria de Octavia Butler (a mesma de Kindred – por favor leiam esse livro, é maravilhoso). Trata-se de uma história de idas e vindas com amor e ódio entre duas entidades africanas imortais que viajam ao longo das eras, desde a África Colonial até anos no futuro. A série seria do Amazon Prime e teria ninguém menos que Viola Davis na produção. Nnedi Okarafor (autora de Bruxa Akata) seria a roteirista e Wanuri Kahiu (diretora queniana) dirigiria o piloto.

Maaaaas o projeto foi anunciado em 2019 e nunca mais se ouviu falar. Sério… zero novidades…

7 – Série Delírio

MEU DEUS, QUE ÓDIO: mais um caso bizarríssimo das adaptações. Delírio é mais um romance disfarçado de distopia: num Estados Unidos futurista, todo os sentimentos são proibidos em especial o amor. Livros foram censurados e reescritos, músicas são controladas e todas as pessoas passam por um procedimento especial para curar qualquer sentimento assim que completam 18 anos. Nesse universo conhecemos Lena, uma adolescente que mora com os tios, pois seu pai morreu quando ela era bebê e sua mãe se suicidou por ter a doença do amor. Quando ela estava prestes a receber a cura, ela acaba se apaixonando e, por causa disso, vai descobrir que aquele aparente mundo ordeiro não é bem o que ela pensava.

O primeiro livro da série é de 2011 e teve seus direitos adquiridos em 2013 pela Fox que iria desenvolver uma série e até um piloto de 52 minutos chegou a ser produzido, protagonizado por Emma Roberts no papel de Lena. A produção, porém, não foi leva a frente, o piloto não agradou. No ano seguinte o piloto foi disponibilizado no Hulu com o anúncio de que a série seria produzida direto no streaming.

Nunca mais se ouviu falar sobre… Mas, calma, ainda piora. A trilogia de livros foi concluída por Lauren Oliver em 2013 com Réquiem. Só que Réquiem é um livro complicadíssimo, basicamente não conclui a trama. Não existe um final da história de fato. O último capítulo deixa tudo completamente em aberto, com todos os protagonistas e vilões vivos, o triângulo amoroso não se resolve, não se sabe que a sociedade permaneceu daquele jeito pra sempre ou se a resistência venceu… A história seria concluída na série de TV que nunca saiu, meio numa ideia de projeto multimídia. A autora inclusive nunca mais se pronunciou sobre a série e já publicou diversos outros livros depois, não dando sinal de que voltará a escrever a distopia. Lauren até implacou uma outra adaptação em 2017, o drama Antes que eu vá.

E aí? Estão aguardando alguma dessas adaptações?

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Resenha – Peacemaker – 1ª temporada (Sem Spoilers)

Logo que anunciada, a série do Peacemaker já levantou algumas dúvidas do público. Spin off de O Esquadrão Suicida (o de 2020, favor não confundir com Esquadrão Suicida de 2016), confirmada logo após o lançamento do filme, a produção deixou parte da audiência um tanto confusa com a escolha de James Gunn pelo anti heroi. O Esquadrão Suicida acertou exatamente no que sua contraparte de quatro anos antes errara: trouxe uma trama política praticamente desimportante para o Universo DC, uma equipe de personagens carismáticos e não teve pena nenhuma em fazê-los descartáveis de fato (como sempre foi a ideia por trás da equipe nos quadrinhos). E aí ficou a dúvida: de um filme em que tivemos ótimos Saguinário, Caça-Ratos 2, Tubarão Rei, porque James Gunn resolveu escolher justamente o personagem mais babaca de todos para criar sua série original?

O Peacemaker é exatamente o que parece ser: um babaca completo, machista, que se acha demais, mas, por trás de toda a pose de machão, e só um perdedor esperando o dia acabar para ir para casa chorar em posição fetal na sua cama. E ainda assim, apesar do pai (que falaremos melhor mais para frente) ele destaca muito bem nos primeiros minutos da série que não é racista e para provar isso, vai passar a matar mais brancos que negros. Esse personagem pode ser o astro de uma série? Não só pode, como James Gunn acertou em cheio em como lidar com ele e entregar na mão de John Cena a interpretação desse maluco.

Aqui, o Pacificador é Christopher Smith. Após quase ser morto pelo Sanguinário em O Esquadrão Suicida, Christopher recebe alta hospitalar e é novamente convocado para uma missão pela Amanda Waller. Entretanto, antes de começarmos a ver coisas explodindo novamente somos apresentados a vida pessoal de Chris: sua micro casa trailer; seu pai, um supremacista, membro da Ku Klux Klan e parte do 4º reich e que despreza completamente o filho; e ao Eagle, talvez um dos melhores mascotes já introduzidos em produções de quadrinhos. Sim, Eagle é uma Águia…

O pai de Christopher, Auggie Smith (aqui maravilhosamente bem interpretado por Robert Patrick, sim, o T-1000) além de ser um escroto, também é o responsável pelas armas do Pacificador. Auggie é um gênio tecnológico e tem casa um laboratório secreto onde desenvolve os capacetes do anti heroi, além de também ter uma identidade secreta (que não abordaremos aqui para evitar spoilers).

Por que histórias em quadrinhos sempre tem alguém com daddy issues?

Nesse cenário descobrimos a missão de Waller para a nova equipe e o Pacificador: o Projeto Borboleta. Uma aparente invasão alienígena de seres que conseguem invadir corpos humanos e aumentar sua força. Infiltrados na sociedade em pessoas de todos os tipos (de cidadãos normais a grandes políticos) esses seres tem alguma missão secreta que cabe a Christopher e sua equipe descobrir e frustrar.

A equipe aliás é um show a parte. A agente Harcourt (Jeniffer Holland), Economos (Steve Agee), Adebayo (Danielle Brooks), chefiados por Murn (Chukwudi Iwuji) trazem boa parte do humor da série. Christopher é extremamente non-sense e deslocado da sociedade e boa parte do ridículo disso é trazido a tona justamente pela equipe. Junte a isso também o Vigilante (Freddie Stroma) um amigo de longa data Chris que também é um psicopata assassino e acaba se unindo a missão no meio da série.

Em 8 episódios, Peacemaker consegue além de desenvolver uma trama clássica de quadrinhos que deixa você realmente curioso sobre o que vai acontecer em seguida; tratar um anti heroi escroto como o escroto que ele é de fato. James Gunn não teve vergonha de ridicularizar o nerd facista que existe em Chris, fazendo dele a maior piada de todas da trama. Isso, também demonstrando como o pai dele conseguia ser ainda pior e que o protagonista pode sim, abrir mão de toda a educação tóxica que recebeu e tentar seguir um novo caminho.

Aliás, a série vai muito além nas discussões sociais. O ponto principal ficou muito sobre em como a família pode ser tóxica na vida de alguém (ou alguéns como descobrimos mais a frente), mas também se discutiu bastante sobre masculinidade tóxica, racismo, relacionamentos gays, gordofobia e sobrou tempo até para uma trama ambiental. No final o saldo é totalmente positivo e fica a expectativa para como a DC vai tratar esses personagens nas próximas temporadas e no DCEU.

Falando em DCEU, vale destacar que a série inteira é permeada por menções a tudo que já vimos e não vimos até aqui. James Gunn encheu o roteiro de referências as herois que já vimos nos filmes e a personagens até bem obscuros dos quadrinhos. No último episódio quem for assistir pode inclusive esperar grandes aparições.

Menção honrosa para a abertura: James Gunn adora números musicais e aqui não podia faltar, claro. Ao som de Do ya really tasty (música que cabe perfeitamente a série) John Cena e os outros fazem a coreografia mais ridícula possível para apresentar a série.

Sinopse Oficial

Situado depois dos eventos de O Esquadrão Suicida (2021), a série reatrata as origens do super-herói Pacificador (John Cena), que ganhou uma segunda chance ao receber a missão de matar pessoas más. Em sua busca pela paz mundial, ele não se importatá de usar a força das armas.

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Super Literário Podcast S04 E11 – Guerra de Streamings

Um milhão de reais em assinaturas. Hoje Victor Rogério, Carol Lima e Vanessa Vieira discutem sobrem o mercado cada vez mais inchado de serviços de streaming.

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