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Resenha – Lightyear

História clássica do herói perdido no tempo está (vejam só) perdida no tempo.

Toy Story é talvez a franquia mais bem estabelecida da Pixar, desde seu lançamento. Acumulando uma trilogia perfeita, um quarto filme bem do seu mais ou menos e vários curtas geniais, muito já acreditavam que franquia não tinha mais como ser aproveitada. A Pixar então resolveu por isso a prova desenvolvendo um spin off de Buzz Lightyer que representaria o filme que Andy assistiu lá em 1995 e o fez se apaixonar pelo brinquedo. Será que a aposta deu certo?

Estamos no espaço. A equipe do Comando Estelar está viajando a procura de um planeta habitável quando alguns contratempos fazem com que toda a tripulação fique presa num planeta hostil devido a um erro de cálculo de Buzz. Obcecado por corrigir seu erro e tirar toda a tripulação do planeta desconhecido, Lightyear aceita participar da missão para tentar criar um combustível e tirar todos de lá com os recursos do próprio planeta. Mas há um porém: cada vez que o patrulheiro voa e se aproxima da velocidade da luz o tempo avança mais lento para ele. Em sua primeira missão de testes, para ele se passaram minutos e para os que ficaram no planeta, se passaram 4 anos. Será que o patrulheiro conseguirá salvar sua tripulação mesmo assim?

Lightyear até tem uma proposta interessante. Na verdade várias. Inicialmente o planeta onde a tripulação cai é uma ameaça com seus insetos gigantes e um flora que tenta atacar a todos. Mas em seguida existe outro conflito: o do tempo. A la Interestelar, Buzz parte em várias missões em que o tempo passa muito mais rápido para todos que para ele. E ainda surge uma terceira ameaça no segundo ato: Zurg. Sem decidir exatamente qual trama deseja seguir, o roteiro se perde indefinidamente. Obviamente a missão era difícil. Tentar transformar todas as informações que temos de Buzz Lightyear, vistas pelos olhos de uma criança, num filme sério, era bem difícil. Mas dá para dizer que a Pixar falhou, não miseravelmente, mas falhou.

Talvez a maior e mais básica falha é que não é um filme de criança. Ou pelo menos não seria o filme que uma criança dos anos 90 se interessaria. Alias, nem um filme dos anos 90 é. Não tem absolutamente nada na trama, trilha sonora, design, roteiro que remeta a essa época. O roteiro é um hard sci-fy que provavelmente passaria no circuito alternativo e seria esquecido. No máximo se tornaria um cult anos depois, tipo Blade Runner (ok, tô exagerando).

Apesar disso o grande trunfo (e o que faz o filme não ser um desastre) são os personagens de suporte. Lightyear é retratado aqui um tanto babaca (até porque o brinquedo também era assim), mas ao mesmo tempo funciona como contraste à sua companheira de equipe: Alisha. Ela aliás é a personagem que protagoniza o “tão polêmico” beijo lésbico do filme com sua esposa (conservadores, vão lavar uma louça, por favor!).

Alisha representa uma sabedoria que Buzz resolve ignorar e faz um perfeito contraponto a ele que, de tão preso na missão, não vê que a vida está passando. Quando entramos no segundo ato e conhecemos a nova equipe de Lightyear vemos um contraponto feito de forma diferente. Todos são inexperientes e precisam lidar com um Buzz arrogante que os acha desnecessários. Em especial a personagem Izzy que tenta sempre trazê-lo de volta à Terra (ou ao planeta desconhecido?) quando ele está demais. Destaque também para Sox, o gato robô que talvez seja o melhor personagem do filme.

Há ainda a aparição do Zurg que não detalharemos muito, para evitar spoilers mais pesados. Mas vale dizer que também era um dos pontos mais difíceis da adaptação. Se lembram bem, em Toy Story 2, revela-se que Zurg é o pai de Buzz Lightyear (uma clara piada em referência a Star Wars Episódio V: O Império Contra Ataca). Em Lightyear foi preciso adaptar isso, mas foi uma das coisas que menos funcionou (pelo menos na minha opinião).

Enfim, entre tramas perdidas não desenvolvidas, identidade visual genérica e um roteiro sem carisma nenhum, Lightyear consegue ser mais um filme genérico de ficção científica. Um Interestelar de segunda que tenta emular emoções parecidas, mas não consegue chegar nem perto. O filme entrou no catálogo do Disney + ontem. Vale a pena assistir pelo streaming, talvez. Mas meu ingresso de cinema mesmo considero um prejuízo.

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Super Literário Podcast S05 E13 – Doramas

Você vai rir, chorar e se emocionar! Hoje Victor Rogério, Carol Lima e Anne Magno fazem suas listas de indicações de doramas!

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Super Literário Podcast S05 E12 – Tudo, Em Todo Lugar ao Mesmo Tempo

Filme do Ano ou da Década? Hoje Victor Rogério, Giu Yukari Murakami e e Renata Pamplona discutem até achar em qual universo de Tudo, em Todo Lugar ao Mesmo Tempo estão.

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Super Literário Podcast S05 E11 – Escrevendo no NaNoWriMo

Vem mais um desafio NaNoWriMo por aí! Mas o que raios é o NaNoWriMo? Hoje Victor Rogério, Giu Yukari Murakami e Mariana Baroni falam sobre suas experiências e dão dicas para o desafio!

Saiba mais sobre as autoras:

Giu Yukari Murakami: Instagram, Twitter, TikTok

Mariana Baroni: Instagram, Twitter


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Autor e influencer paraense Fernando Gurjão(@tantotupiassu) é o novo contratado da Editora Rocco

O autor e influencer paraense Fernando Gurjão, mais conhecido como @tantotupiassu confirmou em seu twitter que é o novo contratado da Editora Rocco.

O próximo livro do autor já está em produção e está previsto para sair pela editora no primeiro semestre do ano que vem. Os outros livros do autor estão esgotados. Nas redes, Fernando é conhecido pelas suas threads sobre terror e casos sobrenaturais.

Para saber mais sigam o autor no twitter e no instagram ou escutem nossa entrevista com ele no podcast!

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Resenha – Terra de Paixões – Saulo Sisnando

Terra de Paixões foi o livro que eu usei recentemente para sair de uma ressaca literária. Sabe como é? Pandemia, isolamento social… um grande bloqueio com leituras é algo até bem natural. Voltei recentemente com esse romance (que eu já havia começado há algum tempo, mas acabei ficando bem ruim com as leituras em geral) e foi uma ótima forma de voltar às páginas.

Você acha que a capa lembra um pouco aqueles romances de banca? Pois bem, é intencional. Terra de Paixões mistura um pouco de erótico (veja bem, sensual, não hot. Tem muita sensualidade, mas não é explícito), com romance de banca, amores ideais e protagonizado por dois homens! Sim, é um romance gay.

Começamos conhecendo Enrico, um jovem que está num badalado reality show de moda sob o pseudônimo de Lorenzo Dalledone. Ele é herdeiro de uma família de grandes posses no ramo metalúrgico, mas devido há vários acontecimentos está afastado do pai, Salvatore, e não deseja utilizar a fama da família para seguir sua carreira na moda. Muito tempo atrás uma cartomante previu que Enrico um dia encontraria seu grande, mas num momento em que estaria muito fraco e em perigo. Mais a frente conhecemos também Bernardo, um jovem cowboy que há muito tempo foi prometido em casamento à Catiana, filha do dono da propriedade vizinha de onde sempre morou. A união garantiria o controle total daquelas terras e, apesar Bernardo sempre tê-la amado, nunca foi exatamente de um jeito romântico.

Devido a um trágico acidente e várias reviravoltas, Enrico e Bernardo acabam se conhecendo e criando um laço que nenhum dos dois havia sentido antes. Só que para viver esse amor eles vão precisar ultrapassar várias barreiras e perigos.

O autor do livro, Saulo Sisnando, também dramaturgo, roteirista e ator e você consegue enxergar essas nuances se desenvolvendo no texto do livro. Terra de Paixões é acima de tudo um romance, mas tem muito de drama (as 5 últimas páginas são quase um thriller) e alguns toques de comédia. Quem ler, vai ser entregue a diversos tipos de emoções a medida que a história vai se desenvolvendo.

Os personagens são muito bons. Tanto os protagonistas quanto os coadjuvantes conseguem receber grandes nuances, as vezes em pouquíssimas frases. No final, alias (não se preocupe, não é spoiler) cheguei no nível de pegar ranço de um personagem, como há muito eu não pegava. Outro exemplo é a mãe de Bernardo, Bárbara, um personagem que aparece e em poucas páginas já cativa. No fluxo da leitura você consegue rapidamente compreender tudo que se passa com ela.

A única coisa que acabou me incomodando um pouco é que talvez tenha sobrado muitas pontas soltas para serem resolvidas nos dois últimos capítulos. Uma chatice minha eu sei, porque é um livro onde o foco é o romance.

Em resumo, romance gay de primeira, com garantia de fortes emoções e com grandes personagens!

SINOPSE OFICIAL

Dois homens comuns, duas vidas completamente distintas, uma única e avassaladora paixão. Enrico é um rapaz da cidade com um futuro promissor no mundo da moda. Bernardo é um jovem cowboy aprisionado a uma promessa da adolescência. Quis o destino, entretanto, que um trágico acidente conectasse a vida destes dois seres sozinhos. Inspirado no universo dos livros de banca, o premiado escritor Saulo Sisnando nos presenteia com uma história apaixonada e rasgadamente romântica, cheia de intrigas, perseguições, paixões à primeira vista, amores proibidos e beijos ao pôr-do-sol. Neste universo açucarado e novelesco, tudo é possível e qualquer reviravolta será permitida desde que o autor termine essa história com um belo “…e viveram felizes para sempre”.

Quer saber mais sobre o autor? Ano passado nos tivemos uma entrevista com ele no podcast!

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Zon, o Rei do Nada, de Andrei Simões, ganha nova edição e capa

O autor Andrei Simões anunciou uma nova edição do livro Zon, O Rei do Nada. Livro lançado originalmente em 2013, estava com a edição impressa esgotada há algum tempo. A nova edição está disponível diretamente com o autor (instagram.com/andreisimoes) e será comercializada diretamente em eventos. O próximo evento confirmado pelo autor será o Anime Geek que acontecerá em Belém nos dias 9 e 10 de julho na Uninassau (Trav. Quintino Bocaiúva, 1808).

A nova edição também está disponível no Kindle Unlimited e em formato digital no valor de R$9,99.

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Focado em artes ukiyo-e, As 53 estações Tôkaidô entra em financiamento coletivo

A empresa Laboralivros e a editora Urso abriram campanha de financiamento coletivo no Catarse da obra inédita no Brasil “As 53 Estações de Tôkaidô”. A arte oriental ukiyo-e possui grande influência em trabalhos de artistas ocidentais, mas no Brasil o material ainda é escasso e por isso o lançamento do livro tenta aumentar o contato das pessoas com esse estilo além promover o material de importância histórica e cultural.

A obra de Utagawa Hiroshige (1797-1858) possui várias versões e a escolhida pela editora é a Hôeidô. Além dos textos do Dr. Ôkubo, o livro contará com um prefácio de Diogo Kaupatez sobre ukiyo-e, essa arte que influenciou artistas do mundo inteiro e desperta tanta curiosidade até hoje.”Esse tipo de arte influenciou fortemente a arte no Ocidente. Queremos trazer para o Brasil esse material inédito e possibilitar que mais pessoas tenham acesso no futuro, pois o material relacionado ao Tôkaidô, Hiroshige e ao ukiyo-e de maneira geral, é bem escasso especialmente material crítico e de análise de obras.

coordenadora editorial Lua Bueno Cyríaco.

A coletânea de imagens ukiyo-e: Tôkaidô gojûsan tsugi (“Cinquenta e três Estações da Tôkaidô”) utilizada neste trabalho foi criada e distribuída em sua primeira versão pelo jornal Yomiuri. Em cada página há uma gravura que é acompanhada, na página seguinte, pelo texto do especialista em história da arte e do Japão e em xilogravuras o Dr. Ôkubo Jun’ichi falando sobre a técnica utilizada pelo artista e aspectos históricos e sociais apresentados na obra. O projeto da Laboralivros com a editora Urso é a primeira publicação no Brasil, não só da série de gravuras de Hiroshige, como também dos textos sobre cada uma em particular.

A campanha tem mais 27 dias de financiamento. Os pacotes padrão vão de R$20,00 a R$163,00 e entre as recompensas é possível adquirir além do livro, bags, postais, marcadores magnéticos e pins. Há também um pacote no valor R$2.500,00 destinados a patrocínios. Para saber mais acessem: https://www.catarse.me/tokaido

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Pó de Fada, novo livro de Giu Yukari Murakami entra em pré venda

O novo livro da autora Giu Yukari Murakami entrou em pré venda pela Amazon. A trama mistura fantasia, steampunk e protagonistas LGBTQIA+ numa Belém em plena Belle Epoque. Confiram a sinopse completa:

Estariam as fadas a salvo?

 Após o desaparecimento de mais uma fada nos arredores da Praça da República, Agatha Gomes, uma detetive internacionalmente conhecida por solucionar casos sobrenaturais, é convocada para auxiliar nas investigações, acompanhada de sua leal companheira, Louise Doyle. 

 Apesar de serem melhores amigas desde o colegial e parceiras inseparáveis em seus primeiros anos como investigadoras do sobrenatural, há algum tempo que as formidáveis Gomes e Doyle não são vistas juntas. O distanciamento recente não impede que Louise, renomada médica belenense, atenda ao inesperado convite da detetive — afinal, a médica é uma das poucas pessoas que compreendem os métodos erráticos e nem um pouco ortodoxos de Agatha Gomes. E, depois da sétima fada desaparecida num período muito curto, apenas as habilidades combinadas de ambas serão capazes de solucionar tal caso. 
Em  Pó de Fada  , acompanhamos a formidável dupla em mais um de seus notórios feitos, explorando os locais mais bem frequentados pela elite de uma Belém de 1912 em que dirigíveis a vapor pintam o céu de fumaça e as criaturas mágicas que residem na cidade exigem justiça para crimes tão hediondos.

O ebook está em pré venda por R$12,99 e também estará disponível no kindle unlimited no lançamento que ocorrerá no dia 24/06. Resenha em breve.

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