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Foi com Deus? Adaptações que os estúdios esqueceram que anunciaram.

Hollywood é uma máquina de reinvenções. Todo mundo está sempre atrás da fórmula do sucesso no cinema e acabamos vivendo várias ondas de produções tentando replicar o que deu certo. A onda de adaptações não foi nada muito diferente disso: ali no idos de 2009 começamos a escutar aqui e ali anúncios de que livros estariam chegando as telas de cinema com estúdios apostando alto que conseguiriam repetir sucessos como Crepúsculo e Harry Potter. Bem… rsrsrsrs… dá pra dizer que muita coisa deu certo. Jogos Vorazes talvez seja o maior exemplo de sucesso sobre os livros ganhando as telas. Mas pra cada Katniss Everdeen enchendo o bolso dos estúdios, existiram mais outros 20 ou 30 projetos que fracassaram pelo meio do caminho (quem lembra daquela desgraça chamada Eragon ou da bizarrice de Eu Sou o Número 4?)

Acaba que depois de tanto tempo várias produções ficaram pelo caminho. Até grandes sucessos de público no mundo literário chegaram a ter seus direitos comprados e o estúdio aparentemente esqueceu que anunciou o projeto. Vamos então relembrar 7 livros que foram anunciados para o cinema, mas até hoje não vimos nem a cor do poster…

1 – Nas Montanhas da Loucura com Guilhermo Del Toro

Talvez a adaptação mais antiga dessa lista. Projeto do Guilhermo Del Toro (que já é conhecido por trazer tramas bem diferentes para as telas), a adaptação de um dos contos mais famosos de Lovecraft já teve diversas reviravoltas. Del Toro fala que está há mais de 25 anos tentando viabilizar a produção que quase saiu pela Universal em 2011, estrelada por ninguém menos que Tom Cruise. Em 2012, o diretor conseguiu negociar com a Fox para o início da produção, mas revelou posteriormente que o roteiro do filme era parecido demais com um outro filme de terror que acabou sendo um fracasso de bilheteria: Prometheus. O estúdio preferiu dar carta branca para Ridley Scott produzir seu longa e, na época, Del Toro acabou dando foco para Pacific Rim.

Ano passado Del Toro revelou que ainda deseja desenvolver o projeto e tem esperança de conseguir um contrato com a Netflix, mas por enquanto o filme segue sem estúdio.

2 – A Seleção

Sucesso absoluto nos idos de 2013, a série A Seleção trazia um futuro distópico onde os EUA viraram Ilea, um reino absolutista, separado por castas, onde a esposa do próximo rei é escolhida num reality show com 35 participantes chamado A Seleção. A trilogia que é muito mais um romance que uma distopia em si trouxe uma grande comoção na época do lançamento e ainda garantiu mais duas continuações que se passam anos após o terceiro livro.

A série foi concluída em 2016 com A Coroa, e desde essa época se ventilavam boatos sobre uma possível adaptação, mas foi só em 2020 que a Netflix anunciou que desenvolveria uma série adaptando a trama. Entretanto desde então não houveram mais novidades. Em dezembro do ano passado um produtor revelou que a Netflix ainda não deu sinal verde para a pré-produção, desenvolvimento de roteiro e escolha de atores, apesar de ter comprado os direitos. Ele também pedia ao público e fãs da série que pressionassem o serviço de streaming. Bem… estamos em março e nem sinal de notícias da série. Não parece ter dado muito certo.

3 – A Série Divergente: Ascendente

Talvez o caso mais bizarro dessa lista: uma série que foi gravada e ficou sem final. Divergente foi um sucesso absurdo, tanto do livro, lançado em 2011, quando do filme que chegou as telas em 2014. Pegando uma rebarba de sucesso de Jogos Vorazes que na época estava chegando no fim (A Esperança Parte 2 estreou em 2015) a trama projetou para o estrelato Shailene Woodley que dividia o protagonismo com Theo James. O elenco também contava com Miles Teller, Ansel Elgort e Kate Winslet. O primeiro filme se pagou quase 4 vezes. Receita para o sucesso? Bem… não foi bem assim.

O segundo filme, Insurgente, também foi um sucesso, mas já mais modesto. Custou mais, a bilheteria não foi tão maior assim e a crítica não gostou. Os fãs do livro criticaram bastante as mudanças da trama. E aí veio o terceiro filme. Seguindo a ideia de outras franquias como Harry Potter, Crepúsculo e o próprio Jogos Vorazes, a Lionsgate decidiu dividir o último livro em dois filmes que seriam lançados com um ano de distancia entre eles: Convergente e Ascendente.

Convergente (livro 3 da série) seria divido em dois filmes: Convergente e Ascendente

Convergente até chegou a sair em 2016 como previsto, mas o desenvolvimento foi tenebroso. Inúmeras brigas nos sets, divergências criativas e atores já sem vontade de atuar. O resultado foi um 11% no Rotten Tomatoes. O filme foi um desastre de bilheteria e crítica: tosco, sem ritmo, trama sem pé nem cabeça. De repente o último filme virou uma dúvida. Primeiro viraria um filme de TV, com a desculpa que seria a ponte para o lançamento de um série no mesmo universo com novos personagens. Depois o filme não teria mais os dois principais atores, que alegaram ter contrato para um filme de cinema e não de TV. Logo em seguida, o diretor saiu e a vindoura série foi cancelada. Hoje a Lionsgate só espera que você esqueça que o quarto filme um dia foi anunciado e se satisfaça com a série sem final.

4 – Americanah

Americanah é um desses projetos dá um pena absurda ter ido parar no limbo. O livro é da Chimamanda Ngozi Adichie, o projeto seria roteirizado pela Danai Gurira e estrelado pela Lupita Nyong’o. A história gira em torno de Ifemelu (que seria a Lupita) e Obinze. Ambos são nigerianos e a guerra civil instaurada no país acaba por separa-los. Ifemelu acaba viajando para os EUA onde conhecerá a realidade do racismo americano; e Obinze acaba se perdendo numa Londres em caos logo após os ataques terroristas do 11 de setembro.

Inicialmente seria um filme original do HBO Max e depois o projeto foi transformado numa mini série em 10 episódios. Mas com a pandemia do coronavirus o projeto precisou ser adiado, tanto Lupita, quanto Danai ficaram sem espaço no agenda para a produção e acabaram saindo. O projeto teria sido cancelado, desde então, mas nunca houve confirmação oficial.

5 – Hush Hush (Sussurro)

Mais um romance. Hush Hush ou Sussurro (como ficou conhecida no Brasil) ficou conhecido como “Crepúsculo com anjos”. Claro que o livro é mais que isso, mas a trama de Becca Pitzpatrick tem lá suas semelhanças com os vampiros de Stephenie Meyer. Uma protagonista indefesa, um protagonista metido a bad boy que está dividido entre amá-la e destruí-la. Já ouviu falar de algo assim? O primeiro livro, lançado em 2009 foi um sucesso estrondoso: vendeu mais de 100 milhões de cópias. Um adaptação era questão de tempo…

… Ou não. Um filme de fato acabou sendo anunciado em 2012, após a compra dos direitos pela LD Entertainment (cujo filme mais famoso é o Jackie de 2016 onde Natalie Portman foi indicada a melhor atriz no Oscar). A produção ficou no limbo por dois anos até que a autora anunciou em seu facebook que não havia renovado o contrato com a produtora. Em 2018 a autora anunciou novamente que havia negociado os direitos da série para produção de um filme pela BCDF Pictures (que a produção mais recente é a adaptação O Jogo do Amor/Ódio) e teria direção de Kellie Cyrus que já havia trabalhado em The Vampire Diaries. Chegaram até a anunciar os atores Liana Liberato e Wolfgang Novogratz como o protagonistas da trama.

Parecia de fato que tudo estava encaminhado, mas se passaram mais 3 anos sem novidades. Em julho de 2021 o portal Business Wire anunciou que o filme agora ganhara uma nova casa: o Paramount +. Além disso, as gravações começariam no final do ano. Novamente: estamos em março de 2022 e não se sabe nem os atores, nem a direção, nem sobre as gravações terem sido iniciadas. Se você está esperando o filme Hush, Hush, talvez demore mais um pouco.

6 – Wild Seed (Semente originária)

Mais um projetão que nunca mais se ouviu falar. Wild Seed é uma série de livros de fantasia/ficção científica de autoria de Octavia Butler (a mesma de Kindred – por favor leiam esse livro, é maravilhoso). Trata-se de uma história de idas e vindas com amor e ódio entre duas entidades africanas imortais que viajam ao longo das eras, desde a África Colonial até anos no futuro. A série seria do Amazon Prime e teria ninguém menos que Viola Davis na produção. Nnedi Okarafor (autora de Bruxa Akata) seria a roteirista e Wanuri Kahiu (diretora queniana) dirigiria o piloto.

Maaaaas o projeto foi anunciado em 2019 e nunca mais se ouviu falar. Sério… zero novidades…

7 – Série Delírio

MEU DEUS, QUE ÓDIO: mais um caso bizarríssimo das adaptações. Delírio é mais um romance disfarçado de distopia: num Estados Unidos futurista, todo os sentimentos são proibidos em especial o amor. Livros foram censurados e reescritos, músicas são controladas e todas as pessoas passam por um procedimento especial para curar qualquer sentimento assim que completam 18 anos. Nesse universo conhecemos Lena, uma adolescente que mora com os tios, pois seu pai morreu quando ela era bebê e sua mãe se suicidou por ter a doença do amor. Quando ela estava prestes a receber a cura, ela acaba se apaixonando e, por causa disso, vai descobrir que aquele aparente mundo ordeiro não é bem o que ela pensava.

O primeiro livro da série é de 2011 e teve seus direitos adquiridos em 2013 pela Fox que iria desenvolver uma série e até um piloto de 52 minutos chegou a ser produzido, protagonizado por Emma Roberts no papel de Lena. A produção, porém, não foi leva a frente, o piloto não agradou. No ano seguinte o piloto foi disponibilizado no Hulu com o anúncio de que a série seria produzida direto no streaming.

Nunca mais se ouviu falar sobre… Mas, calma, ainda piora. A trilogia de livros foi concluída por Lauren Oliver em 2013 com Réquiem. Só que Réquiem é um livro complicadíssimo, basicamente não conclui a trama. Não existe um final da história de fato. O último capítulo deixa tudo completamente em aberto, com todos os protagonistas e vilões vivos, o triângulo amoroso não se resolve, não se sabe que a sociedade permaneceu daquele jeito pra sempre ou se a resistência venceu… A história seria concluída na série de TV que nunca saiu, meio numa ideia de projeto multimídia. A autora inclusive nunca mais se pronunciou sobre a série e já publicou diversos outros livros depois, não dando sinal de que voltará a escrever a distopia. Lauren até implacou uma outra adaptação em 2017, o drama Antes que eu vá.

E aí? Estão aguardando alguma dessas adaptações?

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Amazon Prime confirma novos nomes no elenco Filhos de Anansi, adaptação de Neil Gaiman

Delroy Lindo será Anansi na série do Prime Video

Confirmada anteriormente por ninguém menos que o próprio autor Neil Gaiman, a adaptação de Filhos de Anansi pelo Amazon Prime Video estava sem novidades há algum tempo. Ainda no segundo semestre do ano passado a produção já havia confirmado que os atores Delroy Lindo (que interpretará Anansi) e Malachi Kirby (que interpretará Charlie Nancy e Spider).

Malachi Kirby interpretará o protagonista Charlie Nancy

Agora, mais alguns nomes foram confirmados no cast, de acordo com o Deadline:

Fiona Shaw (Killing Eve) como a dançarina aposentada Maeve Livingstone

Filhos de Anansi narra a história de Charlie Nancy, um pacato cidadão londrino que, ao tentar se reaproximar do pai estadunidense descobre que ele é na verdade um deus antigo e que teve mais um filho. Filhos de Anansi ainda não tem previsão de estreia, mas as gravações deve iniciar em breve.

No Brasil, o livro é publicado pela Intrínseca

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Um escândalo considerável está a caminho no novo trailer da 2ª temporada de Bridgerton

As expectativas estão cada vez mais altas para a nova temporada da produção da Shodaland em parceria com a Netflix. Bridgerton está chegando a sua segunda temporada, adaptada a partir do segundo livro da série, O Visconde que me Amava e o novo trailer revela que podemos esperar muitos escândalos dessa corte com o Visconde de Bridgerton se apresentando para a sociedade em busca de matrimônio.

O destaque agora fica para as personagens de Simone Ahsley e Charithra Chandran, respectivamente as irmãs Kate e Edwina Sharma que terão grande foco e atenção do Visconde de Bridgerton. Várias reviravoltas e escâdalos vem por aí!

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Novos personagens e segredos chegando na segunda temporada de Bridgerton

A Netflix revelou novos posteres e o teaser oficial da segunda temporada de Bridgerton. Renovada anteriormente até a 4ª temporada, sabia-se da estreia do segundo ano ainda em 2022, mas não havia nenhuma data confirmada. Agora pode anotar na agenda: a nova temporada chega em 25 de março.

Produção da Shondaland, o segundo ano adaptará o segundo livro da série da família Bridgerton: O Visconde que me amava.

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Nenhuma escolha é livre de consequências no primeiro trailer de Pachinko, adaptação do Apple TV +

A primeira série coreana original do Apple TV + está prestes a estrear. Pachinko, adatpação do livro homônimo é a aposta do streaming da maçã para atrair o público fã de dramas coreanos. A trama narrada pela matriarca da família, Sunja, traz diversas reflexões sobre como as escolhas podem mudar completamente a vida não só de uma pessoa, mas também de seus descendentes.

A série é estrelada pro Young Yuh-jung (vencedora do Oscar por Minari) como Sunja e pela atriz estreante Minha Kim como a jovem Sunja. O elenco também conta com Lee Min-Ho (de O Rei Eterno e Legend of the blue sea) e Jimmi Simpson (de Westworld e Black Mirror). O roteiro é de Soo Hugh (que já trabalhou em The Whiperers, Under the dome e The killing).

Os três primeiros episódios de Pachinko estarão disponíveis a partir de 25 de março no Apple TV +, com novos episódios chegando as sextas. A trama se desenvolverá em 8 episódios e ainda não se sabe será apenas uma temporada.

O livro está disponível no Brasil pela Editora Intrínseca.

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Amazon Prime revela primeiro teaser de O Senhor dos Anéis: Os Anéis do poder

A espera acabou. Depois de um vídeo revelando o título da série baseada Tolkien, o Amazon Prime liberou durante o Super Bowl o primeiro teaser da série de O Senhor dos Anéis. Ainda não há grandes detalhes sobre a trama, mas finalmente foi possível conhecer alguns dos personagens e ter uma ideia sobre os cenários e o design.

A série estreia dia 02 de setembro e já tem uma segunda temporada confirmada. A trama se desenvolverá adaptando história da Segunda Era da Terra Média.

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Disney + dá sinal verde para produção do piloto de série baseada em Percy Jackson

Em 2020 Rick Riordan, autor da série de livros de Percy Jackson anunciou em seu twitter que a Disney + iria produzir uma série baseada na saga que adaptaria os 5 livros. Logo um teaser com o logo da série foi disponibilizado o que aumentou a expectativa dos fãs (que ainda estavam tristes com as duas adaptações que chegaram ao cinema e foram um fracasso).

@rickriordan

A super short teaser that will appear today at the Disney shareholders meeting. Still a long way to go but I am so excited! #percyjackson #disneyplus

♬ original sound – Rick Riordan

Entretanto, ainda em 2020, Rick veio a público e revelou que a série ainda iria demorar bastante (algo que acabou sendo agravado pela pandemia do coronavirus). A produção seguia num limbo de produção sem novidades há algum tempo, até que finalmente o autor veio a público novamente e confirmou que a Disney + deu sinal verde para a produção do piloto.

Ainda não há muito detalhes sobre a produção e agora as expectativas foram reduzidas. Apenas a primeira temporada, baseada em Percy Jackson e o Ladrão de Raios está confirmada e as temporadas posteriores dependerão do sucesso da série no streaming. O próprio Riordan em parceria com Jon Steinberg (de Black Sails) estão desenvolvendo o roteiro do piloto que será dirigido por James Bobin (De Os Muppets e Alice Através do Espelho)

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Super Literário Podcast S05 E01 – The Witcher: Temporada 2

Vamos todos juntos para Kaer Morhen Hoje Victor Rogério, Carol Lima, Roberta Spindler e Vanessa discutem tudo sobre a segunda temporada de The Witcher

Para dúvidas, sugestões, opiniões sobre o episódio, críticas e ideias para pautas enviem emails para revistasuperliterario@gmail.com ou envie seus comentários nas nossas redes sociais.

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Amazon Prime revela primeiro teaser e título oficial da série baseada na obra de TOlkien.

Prime Vídeo revela primeiro teaser e título oficial da série baseada na obra de Tolkien.

Com data de estreia já revelada anteriormente, O Senhor dos Anéis: Os Anéis do Poder chega ao streaming de Bezos no dia 2 de setembro. A série já é uma das mais caras produzidas, custando US$ 465 milhões por temporada, já com o segundo ano confirmada.

Ainda não há muitos detalhes sobre a trama, mas algumas publicações do perfil oficial da série no Twitter sugerem que a história se passará na Segunda Era.

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Matérias e Artigos

Adaptações melhores que o original

Adaptações as vezes são um tormento. Anunciam que vão fazer filme, série, animação ou o escambau do seu livro/HQ favorito, você cria uma alegria absurda e, na maioria das vezes só vai no cinema ou abre o streaming pra se decepcionar. Só que existem aqueles casos, raros, em que a adaptação consegue pegar a essência a obra e apresentá-la de uma forma melhor que o original. Essa lista não é definitiva e eu sei que muita gente não vai concordar, mas aí vão 6 obras que a adaptação superou a qualidade do original:

1 – Homem de Ferro: Extremis/Homem de Ferro 3

Ok, esse deve ser o momento em que você está gritando “whaaaat?”, mas, antes que você tenha um infarto, não, eu não estou aqui para defender Homem de Ferro 3. É praticamente um consenso que o terceiro longa do Tony Stark para o Universo Cinematográfico da Marvel é um dos piores já feitos (só não é o pior porque existe Thor 1 e 2). Mas, algo que pouca gente sabe, é que o filme foi baseado numa HQ relativamente recente do herói (2006). O arco se chama Extremis e figura na maior parte das listas de piores HQ’s já publicada na história. A trama até bastante parecida com o filme envolve uma conspiração, uma nova tecnologia de armadura (que não leva a lugar nenhum) e um roteiro próximo do intragável. Junte a isso inúmeros personagens vazios e sem nenhum background, um Tony Stark mais insuportável que nunca e Extremis consegue ser algo que faria jus aos anos 90 da Marvel. No final, o quadrinho acaba sendo tão ruim, que você aceita classificar Homem de Ferro 3 pelo menos como “assistível”.

2 – Maze Runner: Correr ou Morrer

Maze Runner é uma série de livros com a qual eu tenho uma relação de amor e ódio. Vindo muito na onda das distopias (dá época que Jogos Vorazes e Divergente fizeram sucesso) surgiu essa trama que mistura adolescentes, um labirinto bizarro aparentemente sem saída e perigos mortais. A questão toda é que a ideia por trás da trama (algo entre o pós apocalíptico e o distópico), somado com os mistérios até era uma ideia muito boa. Mas o livro se perde nas sub tramas que não chegam a lugar nenhum e personagens insuportáveis (essa é pra você, Tereza). Por outro lado, adaptação para os cinemas trouxe uma trilogia com um roteiro muito mais enxuto, coeso e simplificado, com um mínimo de sub tramas desnecessárias e uma boa revisada no arco de vários personagens. Ponto pros cinemas!

3 – Kick Ass – Quebrando Tudo

Kick-Ass é o raro caso de uma HQ muito boa, sendo adaptada para um filme muito bom. Claro, mantidas as devidas proporções (o filme jamais seria violento no nível que o quadrinho é). As duas tramas envolvem um garoto normal que resolve se tornar um super heroi, ainda que não tenha nenhum poder especial, e acaba se envolvendo em algo muito maior do que havia pensado. Junte a isso um elenco com desconhecidos Aaron Taylor Johson (que depois virou o Mercúrio do MCU) e Chloë Grace Moretz (ainda bem jovem na época) e um bem conhecido Nicholas Cage e temos a fórmula pra uma boa adaptação. Temos ainda dois pontos que dão uma vitória para o filme em cima do quadrinho: primeiro, a arte do material original é do John Romita Jr., um artista que absolutamente não sabe desenhar rostos, ficando todos os personagens mais ou menos com a mesma cara sempre, algo que para mim é bem irritante na leitura. Segundo, apesar do filme ser bem fiel, há uma mudança absurda no personagem do Big Daddy (interpretado pelo Nicholas Cage) que foi consenso nas resenhas que ficou muito melhor que no material original.

4 – Velho Logan/Logan

É consenso que Logan é um dos melhores filmes produzidos adaptados de quadrinhos. A trama levemente baseada na HQ Velho Logan, conseguiu trazer um atmosfera depressiva, com camadas de western e um pouco de road trip. Por outro lado, apesar de Velho Logan até ser uma história interessante e trazer uns conceitos muito bons (e que plot twist!) ela acaba caindo em alguns clichês das histórias em quadrinhos que tiram boa parte da seriedade do que deveria ter uma Graphic Novel. Enquanto o filme se mantém com um roteiro sério de ponta a ponta, a HQ as vezes se perde em momentos desnecessariamente toscos envolvendo o Bug do Aranha andando pelas paredes, um tiranossauro rex que se fundiu ao simbionte do Venom e a transformação do Hulk e sua família (tipo, como assim família do Hulk né?) em um time de vilões desnecessariamente estereotipados como hillbillies. Ponto pro Hugh Jackman.

5 – Scott Pilgrim Contra o Mundo

Scott Pilgrim contra o mundo já se tornou um clássico dos cinemas, a ponto do público esquecer que existe uma HQ que foi o material original. A HQ escrita e desenhada por Brian Lee O’Malley conta basicamente a mesma história do filme em 3 edições: Scott Pilgrim se apaixona por Ramona Flowers, mas para namorá-la ele precisa enfrentar em combates variados a Liga dos Ex do Mal de Ramona Flowers. A dinâmica dos combates, as personalidades e tramas paralelas foram adaptadas quase literalmente para o filme, mas vale destacar que o Scott vivido por Michael Cera é muito mais carismático que o da HQ (que é praticamente insuportável). A HQ também é desnecessariamente arrastada: várias subtramas que não dão em lugar nenhum foram removidas do roteiro do filme. Vale lembrar que o longa tb foi dirigido pelo Edgar Wright (que também trabalhou nos surtados Chumbo Grosso, Todo mundo quase morto e Em Ritmo de Fuga) e contou no elenco com Bradon Routh (que depois virou Superman), Chris Evans (que depois virou Capitão América) e Brie Larson (que depois virou Capitã Marvel). Não tinha como ser ruim.

6 – Ghost in the Shell

Agora vamos com calma. Não, eu não estou falando do filme (péssimo) com a Scarlett Johanson. Ghost in the Shell é um anime de 1995 que cunhou muito do que o gênero de Cyberpunk é hoje, sendo inspiração para filmes como Matrix, por exemplo. Curto (o anime não chega a ter 1 hora e meia) é até meio difícil de processar como a trama consegue ser tão filosófica num curto período de tempo e, assim como Scott Pilgrim, muita gente não sabe que é uma adaptação, nesse caso de um mangá. A trama original de Shirow Masamune é bem parecida: liderada pela Major Motoko, um grupo de agentes irá investigar um hacker que consegue dominar a mente de humanos que receberam aperfeiçoamentos tecnológicos em seus corpos. A grande diferença do Mangá é que, apesar de existir essa trama principal, os capítulos também desenvolvem tramas paralelas, que eu pessoalmente achei desnecessárias. Boa parte delas não encaixam no roteiro e não trazem nenhum novo desenvolvimento pros personagens. Além disso, a linguagem do quadrinho as vezes acaba se enrolando demais num techno bubble irritante. Apesar disso, tanto o mangá quanto o filme animado valem muito a pena.

E aí? Concordaram? Tem outra adaptação para sugerir para essa lista? Só deixar nos comentários.

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