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[Maratona Oscar] – Resenha – Oppenheimer

Christopher Nolan volta à direção para uma biografia mais preocupada em explicar física quântica que em contar uma história.

Não há como dizer que a humanidade não alimente um certo fascínio pela guerra. Não a toa tantos filmes de guerra são desenvolvidos em produções grandiosas e faturam tantos prêmios. Oppenheimer chega como mais uma obra focada em um personagem de grande destaque da 2ª Guerra e da Guerra Fria. A dúvida principal é se o protagonista de fato é a figura histórica que dá o título ou a própria bomba atômica.

Robert Oppenheimer é uma dessas clássicas figuras controversas de guerra. Idealizador da bomba atômica, isso já sabemos afinal é o mote principal da trama. Mas também é dado grande destaque a sua eterna fome por conhecimento e o desejo de ter sua genialidade reconhecida. Sua relação de amor e ódio com a política e o ódio e amor pela filosofia. É de fato um personagem interessante para uma biografia, não fosse o fato de Christopher Nolan desenvolver uma bio pic da forma mais estranha possível.

Outro fato que ninguém pode negar é como Nolan é expositivo. As partes mais maçantes de Interestelar passam sempre por explicações exaustivas dos cientistas sobre conceitos as vezes até muito batidos de hollywood. Em Oppenheimer ele elevou isso a uma nova potência, com diálogo extensos sobre física nuclear num nível que o espectador começa a contestar se o verdadeiro protagonista não é a bomba.

Visualmente não há o que contestar, o filme é lindo. Os takes apresentando aos poucos a grande explosão que virá ao final são no mesmo nível do buraco negro Gargantua em Insterestelar. De atuações também estamos muito bem servidos: Cillian Murphy no papel principal, apoiado por Robert Downey Jr., Emily Blunt e Florence Pugh mostraram uma baita sintonia, entregando ótimas cenas.

O grande problema é como o roteiro costura mal tudo isso. Seja com diálogos por vezes complicadíssimos de entender, seja por uma necessidade de ser chapa branca e não chegar nem perto de abordar a desumanidade que foi o uso da bomba em si, Oppenheimer termina como mais um exemplar de guerra que tentar muito, mas acaba sendo só mais um.

Oppenheimer está disponível nas plataformas de compra e aluguel online e foi indicado a 13 Oscars incluindo Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Roteiro Adaptado e Melhor Fotografia.

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[Maratona Oscar] – Resenha – Vidas Passadas

Drama coreano da A24 aposta nas relações humanas para mostrar que a realidade não é um filme. Será que a A24 garante mais uma estatueta?

Nora e Hae Sung, amigos de infância que foram separados por causa de uma mudança vão se reencontrar algumas vezes ao longo dos anos e cada um desses encontros vai marcá-los para sempre ao entenderem os pesos de suas escolhas e o peso delas no amor e seus destinos.

Vidas Passadas é aquele filme para você se reconectar a humanidade. Sem grandes cenários ou efeitos, sua genialidade vem acima de tudo da simplicidade. Nora e Hae Sung são um casal que se apaixonou ainda na infância, mas que passaram por uma separação após a família de Nora partir da Coreia para os EUA. Já adultos, eles se reencontram algumas vezes percebendo que o amor infantil ainda existe. Entretanto cada um tem sua própria vida e dilemas e o sentimento agora é confrontado por um problema até mais cruel: a vida real e o peso dos sonhos.

Não se engane: o filme tem pouquíssimos cenários, a trama gira em torno de basicamente três personagens e justamente isso é o mais genial pois o clima criado por Celine Song é justamente o que faz tudo se encaixar. Enquanto o tempo passa, as várias cenas reflexivas passam a sensação de que nada está acontecendo e você só está testemunhando as pessoas simplesmente existindo. Mas, quando se unem fotografia e trilha sonora afinadas ao extremo e ângulos de câmera muito bem aplicados, você organicamente percebe que tudo está acontecendo bem na sua frente.

Os diálogos também contribuem para a experiência. Extremamente afiados a ponto de em dado momento o personagem de John Magaro verbalizar exatamente algo que todo mundo estava pensando. Greta Lee e Teo Yoo (Nora e Hae Sung) também mostraram um afinamento muito bom trazendo ainda mais profundidade ao drama, mesmo em cenas em que eles estão apenas em comunicação via skype.

Do ponto de vista dramático Vidas Passadas não é nem de longe tão pesado quanto Parasita (2019), mas tem o que tudo o que é preciso pra repetir a dobradinha Melhor Filme/Melhor Filme Internacional.

Vidas Passadas está disponível nos cinemas e foi indicado a 2 Óscars incluindo Melhor Filme e Melhor Filme Internacional.

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[Maratona Oscar] – Resenha – Pobres Criaturas

Pobres Criaturas usa tanto roteiro, quanto visual surtados para contar através de uma época vitoriana questões muito atuais. O filme tem totalmente a cara do Oscar, em especial dos últimos anos. Vale uma estatueta?

Trazida de volta a vida pelo Dr. Godwin Baxter, a jovem Bella Baxter deseja descobrir os prazeres da vida e do mundo. Livre de preconceitos e amarras, ela vai descobrir em uma longa viagem com um advogado metido a sedutor como a humanidade cria diversas amarras e culpas sobre o prazer e como uma mulher livre assusta os homens.

Pobres Criaturas é sem dúvidas uma loucura visual que brinda o espectador com boas atuações. Emma Stone realmente se destaca dando vida a jovem Bella Baxter: uma aparente mulher adulta comum, mas que na realidade é o cérebro de uma criança transplantado para o corpo de sua própria mãe suicida. A meticulosa experiência desenvolvida pela Dr. Godwin Baxter (Willen Dafoe) dá origem a uma nova pessoa que precisa iniciar seu aprendizado sobre o mundo do zero, mas de dentro de um corpo totalmente desenvolvido. Godwin tenta mantê-la escondida até a aparição de Duncan Wedderburn (Mark Ruffalo), um advogado canastrão que a seduz para levá-la a uma viagem pelo mundo.

Mesmo com boas atuações, é um pouco difícil vencer as 2h21min do longa. A ideia aparentemente revolucionária (e um tanto polêmica) abre margem para discutir diversas mazelas do nosso mundo atual e, á primeira vista parece ser instigadora. A viagem de Bella junta um pacote que a Academia adora indicar para premiações: visual parnasiano hiper colorido, diálogos extensos e filosóficos, tentativas de uma cinematografia diferenciada e uma discussão social a primeira vista bem profunda. Junta-se a uma carência de filmes que se arrisquem em em visuais inusitados e figurinos mais bufantes e temos o primeiros filme da nossa maratona do Oscar.

Mas em alguns momentos todas esses recursos acabam sendo mal utilizados de alguma forma. Seja em diálogos longos demais que parecem não chegar a lugar nenhum, seja por uma pretensa crítica feminista que tenta dar a entender que liberdade sexual é o caminho para tudo, seja ainda numa trilha sonora até bem inspirada, mas em vários momentos repetitiva quase ao nível de uma novela mexicana a experiência do filme por vezes acaba trazendo um certo cansaço. As lentes trocadas meio a esmo na tentativa de apresentar sentimentos dos personagens acaba não ajudando e em dados momentos causando apenas tontura nos espectadores mais sensíveis.

Yorgos Lanthimos não é exatamente novato quando se utiliza do diferente ou do estranho e O Lagosta (2015) é uma prova disso. Mas aqui a sensação real é quase de uma overdose: absolutamente tudo que poderia ser usado, foi usado e poderia ser genial, mas no conjunto da obra só ficou exagerado mesmo. Por vezes me lembrou o pretenciosíssimo Mãe! (2017) que traz uma história cheia de metáforas, mas uma superfície que simplesmente não faz sentido nenhum.

Que Pobre Criaturas tem ótimas atuações e ideias, não há o que negar, mas que por um certo exagero somado a uma certa pretensão em ser uma crítica social foda acaba ficando cansativo e meio brega.

Pobres Criaturas está disponível nos cinemas e foi indicado a 11 Óscars incluindo Melhor Filme, Melhor Atriz, Melhor Diretor e Melhor Roteiro Adaptado.

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Super Literário Podcast S06 E11 – Barbie

A gente já não sabe mais quem é Ken… Hoje Victor Rogério, Renata Pamplona, Carol Lima e Everton Assis comentam tudo sobre o maior filme de todos os tempos.

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Super Literário Podcast S06E09 – Filmes de Super Heróis: Trilogia Homem Aranha

21 anos do primeiro filme de Homem Aranha. Hoje Victor Rogério, Junior Correia e Roberta Spindler relembram a trilogia do teioso dirigida pelo Sam Raimi.

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Comentado no episódio

Trailer banido de Homem Aranha

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Super Literário Podcast S06 E06 – Adaptação não dá mais dinheiro?

Deu ruim pro mercado de adaptações! Hoje Victor Rogério, Renata Pamplona, Carol Lima e Vanessa Vieira discutem o que está acontecendo com as produções adaptadas de livros!

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De volta a Terra Média: Warner e New Line confirmam produção de novos filmes no universo de O Senhor dos Anéis

Conglomerado assinou vários contratos de adaptação com a Embracer Group AB, responsável pelos direitos das obras de Tolkien.

Uma matéria do The Hollywood Reporter revelou que a Warner Bros. Discovery e a New Line Studies assinaram vários contratos para trazer novamente as obras de Tolkien para as telonas. Ainda não está definido se as adaptações serão diretamente de livros específicos do universo da Terra Média ou se o estúdio deseja produzir histórias de personagens específicos, como alguns boatos vazados anteriormente sugeriam.

Inicialmente já está confirmada a produção da uma animação sobre a Guerra dos Rohirrim, história que se passa mais de 180 anos antes do início de O Senhor dos Aneis. Já há até uma data confirmada para o lançamento: 12 de abril de 2024.

As produções não devem afetar a série Anéis de Poder da Amazon, mas também não serão interligadas. A ideia é manter o estilo que Peter Jackson imprimiu na trilogia clássica e trazer novas histórias para novos públicos.

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LitNews

O universo não está pronto para a união do novo trio no primeiro trailer de As Marvels

Longa é estrelado por Brie Larson (Capitã Marvel/Carol Denvers), Tayonah Parris (Mônica Rambeau) e Iman Vellani (Kamala Khan/Ms Marvel) e estreia em 9 de novembro

Depois de uma desacelerada nos lançamentos, a Marvel finalmente liberou o primeiro trailer de As Marvels sequência oficial de Capitã Marvel. O longa segue os acontecimentos do MCU e a cena pós crédito de Ms. Marvel (a série do Disney Plus). Aparentemente os poderes de Kamala Khan, Capitã Marvel e Mônica Rambeau estão interligados de alguma forma, fazendo com que elas troquem de lugar.

Além do trio principal (Brie Larson, Teyonah Parris e Iman Vellani), o filme conta também com Zawe Ashton (Animais Notunos) como a vilã kree Dar-Benn, Samuel L. Jackson como Nick Fury e Park Seo-joon (She Was Pretty, Hwarang e Parasita) como Príncipe Yan. O personagem da Park foi confirmado como o líder de um planeta onde todos se comunicam cantando ou em rimas.

A direção é Nia DaCosta (A Lenda de Candyman) e o roteiro conta com a própria Nia, Megan McDonnell (WandaVision), Elisa Karasik (Loki) e Zeb Wells (O Espetacular Homem Aranha). As Marvels estreia em 9 de novembro nos cinemas.

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Convite para um novo jogo: Lionsgate revela primeiro poster de Jogos Vorazes: A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes

Anunciado em 2021, filme teve data de estreia confirmada para 17 de novembro de 2023.

Originalmente previsto para iniciar suas gravações ainda em 2022, A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes estava sem novidades a algum tempo. Agora a Lionsgate revelou o primeiro poster do filme e confirmou a estreia para 17 de novembro.

O livro publicado em 2020 se passa no mesmo universo da trilogia de Jogos Vorazes, 64 anos antes da participação da Katniss Everdeen. Em A Cantiga acompanhamos um jovem Snow que acaba se envolvendo com a tributo do distrito 12 a quem foi designado como mentor.

O elenco já tem confirmado Viola Davis (O Esquadrão Suicida e A Mulher Rei), Peter Dinklage (Game of Thrones) e Hunter Schaefer (Euphoria). Francis Lawrence, diretor dos filmes a partir de Em Chamas retorna para o o prelúdio, que também tem Michael Arndt (também de Em Chamas) como roteirista.

No Brasil, A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes é publicado pela Editora Rocco.

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Perca-se na Terra do Nunca no trailer de Peter Pan e Wendy

Jude Law será o Capitão Gancho na nova adaptação da clássica história para o Disney +.

Peter Pan é uma daquelas história eternas que atravessam todas as gerações e não iria ficar muito tempo sem uma nova adaptação. Peter Pan e Wendy é a versão produzida diretamente para o Disney + e marca o retorno da clássica lenda para as telas, desde Pan (2015).

No trailer, o longa parece dar um novo e maior destaque a Wendy, além de garantir maior diversidade no grupo dos Garotos Perdidos. Jude Law será o grande vilão Capitão Gancho e aparece rapidamente com o clássico figurino em algumas cenas.

Peter Pan e Wendy conta ainda com Alexander Molony (estreante) como Peter Pan, Ever Anderson (de Viúva Negra) como Wendy e Yara Shahidi (de Black-ish) como a fada Sininho. O longa chega ao Disney + em 28 de abril.

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